Toma lá, dá cá: Veja as cinco possíveis retaliações da China contra os EUA

Barclays acredita que Pequim possui cinco alternativas para retaliar Washington (Pixabay)

As duas últimas semanas foram marcadas pela escalada nas tensões comerciais entre China e EUA, em meio a movimentações do presidente Donald Trump e da resposta de Pequim ao cenário turbulento geopoliticamente.

Em torno da temática, o Barclays divulgou relatório sobre possíveis medidas de retaliação de Pequim a Washington, bem como prognósticos para os próximos capítulos da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Inicialmente, o banco inglês destaca a resposta de Pequim. “O governo chinês assume uma posição mais severa contra a pressão dos EUA. A propaganda oficial também destaca que a China tem uma economia suficientemente resiliente e ferramentas de políticas monetária e fiscal para enfrentar mais desavenças na guerra comercial”, pondera o Barclays.

Alternativas

A primeira retaliação da China, segundo os analistas, pode ser a restrição de exportações de matérias-primas chave, como a parada da mineração de elementos rare earth, utilizados no setor eletrônico, assim como feito com o Japão em 2010.

Por sua vez, a segunda opção detida por Pequim consiste na restrição da venda de serviços e bens norte-americanos no mercado doméstico, como servidores, automóveis, produtos da indústria cultural (filmes, séries), smartphones e aviões, como feito recentemente por companhias aéreas chinesas com a Boeing.

Já a terceira alternativa é a combinação entre desvalorização do yuan e venda de Treasuries. “Acreditamos que, caso ocorra escalada da guerra tarifária, a China permitirá medidas que enfraquecerá o yuan, apesar de acharmos que as autoridades chinesas provavelmente não tolerarão depreciação muito acentuada e repentina”, avalia o Barclays.

Medidas incluem desvalorização do yuan, venda de Treasuries e restrição de exportações (Pixabay)

A quarta retaliação de Pequim a Washington fundamenta-se em medidas mais coercitivas para operações de empresas norte-americanas em solo chinês, como maiores inspeções de produtos alfandegários, prolongamento da liberação das cargas portuárias ou postergação de permissões e licenças para companhias dos EUA realizarem negócios. A quinta medida atinge a todos: restringir a permissão de viagem de cidadãos chineses aos EUA.

Por último, os analistas apontam os próximos passos a serem tomados, tanto pelos EUA quanto pela China:

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