Greenwald reitera autenticidade de material divulgado por site
Desde o início do mês, o The Intercept vem divulgando trechos de supostas conversas que Moro teria mantido com integrantes da força-tarefa da Lava Jato (Imagem: Facebook oficial Glenn Greenwald,)
Em audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da 💥️Câmara dos Deputados, o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, editor do ✅site jornalístico 💥️The Intercept Brasil, reiterou hoje (25) a autenticidade do material recebido de uma fonte anônima com supostas mensagens entre o atual ministro da 💥️Justiça e Segurança Pública, 💥️Sergio Moro, e membros da força-tarefa da 💥️Lava Jato entre os anos de 2015 e 2018.
Desde o início do mês, o The Intercept vem divulgando trechos de supostas conversas que Moro teria mantido com integrantes da força-tarefa da Lava Jato quando ainda era juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, onde é julgada parte dos processos da Lava Jato.
O ministro tem afirmado que as mensagens veiculadas pela imprensa foram tiradas de contexto e podem ter sido adulteradas. Moro informou que usava o aplicativo de mensagens Telegram para “agilizar” os contatos com procuradores da força-tarefa da Lava Jato necessários à execução de procedimentos legais e que suas conversas não revelam nenhuma ilegalidade, tendo sido obtidas “criminosamente” por ✅hackers que interceptaram as comunicações de autoridades.
Segundo Glenn Greenwald, o ministro não apontou até o momento qualquer material específico publicado em que possa ter ocorrido adulteração.
O The Intercept afirma ter recebido de uma fonte anônima um imenso arquivo contendo mensagens em texto e áudio. A equipe de jornalistas do✅ sitegarante ter apurado a veracidade das informações.
Para os jornalistas, as conversas indicam que Moro infringiu o código da magistratura ao ajudar os procuradores da República a instruírem o processo penal, sugerindo a ordem de deflagração de operações policiais da Lava Jato e indicando testemunhas a serem ouvidas pela acusação. O ✅site diz que não revelará a origem das mensagens. A Constituição Federal reserva a todo jornalista o direito de não revelar suas fontes de informações.
Ontem (24), o ministro Sergio Moro anunciou que, devido a sua viagem aos Estados Unidos, não compareceria à audiência pública que as comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público e de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados tinham marcado para esta quarta-feira (26). O convite a Moro tinha o objetivo de obter esclarecimentos sobre as notícias que vêm sendo publicadas pelo ✅site The Intercept Brasil, em parceria com o jornal ✅Folha de S.Paulo e do programa ✅O É Da Coisa, transmitido pela rádio BandNews FM.
Na semana passada, Moro passou mais de oito horas falando sobre o assunto aos membros da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O ministro disse várias vezes que não se recordava das mensagens, colocando em dúvida a autenticidade delas. Ele disse ainda não ter apego ao cargo e que, se que houver qualquer irregularidade comprovada, ele deixará a função.
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