Próximo líder da Argentina terá impulso das commodities em 2023

As safras da Argentina podem registrar novos recordes em 2023, aumentando o fluxo de dólares para o país (Imagem: Pixabay)

O próximo presidente da 💥️Argentina terá uma tarefa difícil ao fazer ajustes na frágil 💥️economia, mas o aumento da 💥️produção agrícola e de 💥️petróleo pode ajudar.

As safras do país podem registrar novos recordes em 2023, aumentando o fluxo de dólares para o país. Ao mesmo tempo, a maior produção de petróleo em campos de xisto deve impulsionar as exportações do combustível e controlar o déficit comercial de energia.

A perspectiva de crescimento seria boa notícia tanto para o presidente 💥️Mauricio Macri, favorito dos investidores, e para o líder da oposição Alberto Fernández, que provavelmente adotaria políticas econômicas mais protecionistas. Os candidatos enfrentam primárias em 11 de agosto, antes da eleição presidencial marcada para outubro.

Produção agrícola

A safra de trigo começa a ser descarregada nos portos no fim do ano. A previsão é de uma produção recorde acima de 20 milhões de toneladas.

No caso do milho, os agricultores ainda não começaram a plantar a próxima safra, mas um rali dos preços e um imposto de exportação que corresponde a apenas um terço da taxa sobre a soja podem resultar em um aumento da área plantada.

A produção poderia atingir um recorde de 51 milhões de toneladas, segundo a Junta Comercial do Rosário. Mais milho reduziria a participação da soja, principal produto agrícola exportado pela Argentina. Ainda assim, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima uma supersafra de soja de 53 milhões de toneladas.

As exportações agrícolas, que são cotadas em dólares, são fundamentais para valorizar o peso frágil, que por sua vez ajudaria a controlar a alta inflação. As exportações também são um impulso para a receita fiscal.

Xisto

O crescente setor de xisto da Argentina também melhora as perspectivas para o setor de commodities.

As exportações de combustíveis em 2023 ano devem subir 20%, para US$ 4,7 bilhões, segundo Daniel Gerold, chefe da G&G Energy Consultants, em Buenos Aires. O resultado deve ser puxado pelo aumento da produção de petróleo em Vaca Muerta, onde os esforços da Argentina para replicar o sucesso da Bacia do Permiano nos EUA estão finalmente dando resultados.

A maior produção de petróleo ajudaria a reduzir o déficit comercial de combustíveis, que Gerold estima em US$ 1,3 bilhão este ano. Em 2023, poderia haver um superávit, disse.

Investimento

Atingir o potencial de Vaca Muerta exige bilhões de dólares por ano de investimentos. Mas o aumento dos gastos só terá espaço com a queda do risco país, atualmente perto das máximas, e com a implantação de regras claras e consistentes pelo governo.

Isso, por sua vez, depende de quem vencer as eleições.

“Vaca Muerta pode resolver os problemas de insolvência da Argentina”, disse Ricardo Arriazu, consultor e especialista em petróleo. Mas ele acredita que a produção só irá crescer “se as políticas corretas forem mantidas”

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