Mulheres indígenas aprendem manutenção e garantem energia solar

A artesã indígena Roseli Kumaruara, da aldeia Solimões, no Pará, é eletricista do sol A artesã indígena Roseli Kumaruara, da aldeia Solimões, no Pará, é eletricista do sol Imagem: Yuri Rodrigues/Divulgação

Até um ano atrás, a artesã indígena Roseli Kumaruara, 38, da aldeia Solimões, em Santarém (PA), era uma entre muitos moradores da Amazônia sem acesso ininterrupto à energia elétrica. Ela contava com um gerador coletivo movido a óleo diesel que era ligado entre 19h e 22h para fornecer energia para as 57 famílias da comunidade. "Só dava para carregar o celular ou assistir uma TV", lembra.

Roseli descobriu um novo mundo ao adquirir um sistema de energia solar, e ela, o marido e os dois filhos passaram a contar com o recurso 24 horas por dia. O único problema era o medo de ter o serviço interrompido por falta de manutenção. "O controlador [regulador de carga] disparava e eu ficava desesperada, com medo de ele queimar", conta. Ela tinha que esperar o marido chegar do trabalho para que o equipamento fosse ajustado e a falta de energia voltava a interromper as atividades na casa.

Esse não é mais um problema para Roseli, que se tornou uma "eletricista do sol". Ela participou do curso do projeto da ONG Saúde & Alegria e aprendeu a realizar limpeza, manutenção e regulação dos disparos no controlador. "No curso, eu descobri que quando o controlador aquece, dispara e fica apitando. É preciso desligar para que ele volte a funcionar. Eu não sabia disso", diz.

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