Conselhão para Lula: O presidente estará disposto a ouvir conselhos?
A lista é grande, com nomes de empresários, ativistas, artistas, intelectuais e representantes de cooperativas. Gente que sente o Brasil nos bolsos, que o carrega nas costas e também o faz pensar sobre ele, emulando o que pode ser o melhor de nós se pudermos dar certo - apesar da dor.
Tensionado por um Congresso dividido entre orçamentos nada secretos e interesses privados, ter a quem recorrer sobre o que de fato importa é necessário ao governo, que ainda patina na criação de políticas públicas eficazes para a sociedade.
Aqui, é óbvio, faço o adendo: tivemos a tentativa de tomada por extremistas não só de Brasília, mas do poder como um todo. Havia e ainda há um cenário de terra arrasada após o 8/1 que nunca terminará (algo que será desmembrado e discutido ao longo, possivelmente, da CPI).
Ao fazer acenos aos mais variados núcleos das sociedades brasileiras, Lula cumpre, em tese, a promessa de diversidade que o colocou na cadeira onde está - e que há sete meses cobrei aqui, em Ecoa, dias após a eleição.
Em novembro, eu dizia: "Mas do que dizer, propriamente, é necessário ouvir, sendo o exercício a máxima que pode dar sustentação não somente aos próximos quatro anos, e sim para fortalecimento de um projeto de país do futuro que começa já. E nele, a possibilidade de representação desde o primeiro momento.É para se cobrar o peso do voto e crédito dado já neste momento de transição, onde acontecem as conversas decisivas, bem como o período em que se estará governando. A viabilidade e presença de todos fará com que a palavra dita seja então encarnada nas ações".
Na impossibilidade de cargos efetivos que "canetam" o país possível, os agora grupos de trabalhos (GTs) sobre cada segmento surgem como uma resposta pomposa em número pela grandiosidade.
Caminhando ao lado desses, é a chance que o presidente tem em romper a trajetória traçada nos últimos anos e fazer com que a participação civil seja contínua, a se aferir sobre sua relevância e importância.
Resta saber se o presidente estará aberto e disposto a ouvir os conselhos. Como verso final da canção "Nu com a minha música", de Caetano Veloso, há: "Coragem grande é poder dizer sim".
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