James Webb descobriu um planeta azul onde chove vidro e cheira a ovo podre

O Telescópio Espacial James Webb tem sido uma máquina infernal a descobrir novidades do Universo. O caso mais recente foi o exoplaneta HD 189733 b, um sítio onde chove vidro e cheira a ovos podres... ou a flatulência em seres humanos. Como é que o JWT "cheirou" o planeta? A resposta está na molécula!

Ilustração do exoplaneta HD 189733 b, um sítio onde chove vidro e cheira a ovos podres.

Diz-me como cheiras e digo-te quem és

Com recuso ao poderoso telescópio James Webb, os astrónomos descobriram 💥️dados interessantes sobre o planeta gigante HD 189733 b. Sim, cheira mal, uma espécie de neblina a ovos podres. Segundo um novo estudo, publicado recentemente, onde são revelados detalhes da composição atmosférica do exoplaneta. HD 189733 b é um “Júpiter Quente” devido ao seu clima e tamanho.

Este gigante tem uma abundância de sulfeto de hidrogénio, um gás famoso por seu odor que lembra o fedor de ovos podres. Embora a presença sulfeto de hidrogénio torne o planeta inabitável, a descoberta oferece informações sobre a formação e composição do HD 189733 b.

Apesar de ser um gás já apontado a outros planetas, como Úrano e Neptuno, a descoberta marca o primeiro registo da presença do gás num planeta fora do Sistema Solar.

O enxofre é um elemento importante no sulfeto de hidrogénio. Ele desempenha um papel crucial no desenvolvimento de moléculas complexas e serve como indicador da formação química do planeta.

A descoberta, contudo, não se fica por aqui. Segundo o estudo, os dados do James Webb mostraram a 💥️evidência de água, dióxido de carbono e monóxido de carbono na atmosfera do HD 189733 b, mas, ao mesmo tempo, sem a presença de metano.

Ora, esta combinação leva-nos para outro ambiente igualmente estranho

lustração da órbita do exoplaneta HD 189733 b em relação à sua estrela HD 189733 e, como podemos ver, fora da zona habitável do sistema. Isto traduz-se em temperaturas de 900 ºC no solo do planeta.

Exoplaneta onde chove vidro

O exoplaneta não foi descoberto agora. Temos de recuar a 2005, quando um grupo de astrónomos, liderados por François Bouchy, descobriu este astro na constelação de Vulpecula. O planeta gigante não é famoso somente pela sua atmosfera fedorenta, mas, também, pelas suas condições extremas. A pequena distância entre o planeta e a sua estrela – mais próximo que Mercúrio em relação ao Sol – contribui para temperaturas extremas, ultrapassando 900 °C.

Os ventos cruéis do planeta gigante, que chegam a 8.600 km/h, contribuem para uma espécie de chuva de vidro derretido, uma forma mortal de tempestade.

O 💥️HD 189733 b fica a 64 anos-luz de distância da Terra e é o “Júpiter quente” mais próximo do planeta homónimo. Aliás, Júpiter também possui sulfeto de hidrogénio na sua atmosfera.

Os chamados “Júpiteres quentes” são uma classe de exoplanetas gigantes gasosos com composição química similar à de Júpiter, mas com períodos orbitais mais pequenos. Por ser o “Júpiter quente” mais próximo, o HD 189733b é o mais estudado por astrónomos, que utilizam dados do James Webb e do Hubble para entender as propriedades térmicas do planeta gigante e de outros exoplanetas.

No entanto, os investigadores alertam que a intenção do estudo não é perceber se há características de habitar o exoplaneta, mas ampliar o conhecimento sobre formação e evolução planetária.

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