Um em cada cinco gestores já pensou demitir-se porque não suporta os jovens no trabalho

A entrada da Geração Z no mercado de trabalho tem sido um verdadeiro desafio para os gestores. Este grupo apresenta uma visão muito diferente sobre o trabalho em relação às gerações anteriores. Estas diferenças estão a traduzir-se em altos níveis de stress entre gestores, com alguns a considerar abandonar os seus cargos devido à dificuldade em lidar com esta geração.

Jovens nas redes sociais

Outro ponto de conflito entre gerações é a comunicação

Cerca de 40% dos gestores relataram problemas neste âmbito, ecoando os resultados de um estudo anterior do LinkedIn, que revelou dificuldades dos jovens da Geração Z em interagir eficazmente com colegas e superiores de gerações mais antigas.

Esta lacuna nas competências interpessoais é frequentemente atribuída à pandemia de COVID-19, que limitou experiências tradicionais de desenvolvimento profissional, como estágios presenciais.

As competências técnicas dos jovens da Geração Z são mais fortes do que as das gerações anteriores, mas a falta de experiências práticas em ambientes de trabalho tradicionais dificulta o desenvolvimento de competências como a comunicação e a gestão do tempo.

Explicou Huy Nguyen, especialista em educação e desenvolvimento profissional.

Os gestores têm-se adaptado a novas realidades

Para lidar com os desafios trazidos pela Geração Z, 65% dos gestores inquiridos declararam ter alterado os seus estilos de gestão. Algumas das estratégias incluem a introdução de modelos baseados em microgestão (38%), maior flexibilidade para conciliar trabalho e vida pessoal (35%) e mais tempo para os colaboradores completarem as suas tarefas (32%).

No entanto, Nguyen alerta que estas mudanças 💥️podem levar a uma dependência excessiva de feedback e orientação.

Não são apenas os gestores a sentir os efeitos da chegada da Geração Z. Segundo o estudo, 52% dos gestores notaram que as atitudes dos jovens têm gerado tensões entre colegas de gerações mais antigas. Estas tensões decorrem de diferenças nas expectativas em relação ao trabalho, relutância em assumir responsabilidades e prioridades divergentes (47%).

Como Nguyen sublinha, "a cada nova geração que entra no mercado de trabalho, existe um período natural de adaptação. No caso da Geração Z, estas diferenças foram amplificadas pela influência das redes sociais e a disseminação rápida de conteúdos de canais não tradicionais".

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