Dificuldade no sexo? Essa pode ser uma causa que te atrapalha na cama
De VivaBem, em São Paulo O especialista explica que vivemos da interação de corpo, mente e ambiente, na qual também se manifesta a libido. "Então, quando um desses campos se encontra em desequilíbrio, pode ocorrer a redução dela. Uma mente organizada nas suas emoções influencia muito na expressão desse desejo". De acordo com Mariana Rosário, ginecologista, obstetra e mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), a libido feminina não é tão simples quanto a masculina. "Se tudo não estiver muito ajustado, ela não consegue ter o melhor orgasmo da vida ou querer fazer sexo". Como a dificuldade pode aparecer em qualquer fase da vida, Rosário argumenta que o ideal é dialogar para entender o contexto —desde uma primeira vez traumática a problemas no relacionamento— e seguir com a realização de exames clínicos que vão mostrar o estado físico da paciente. "É feita a avaliação de hormônios, de metabolismo. Observamos se há tireoide alterada ou qualquer alteração metabólica que culmine em inflamação crônica, como diabetes, colesterol, hipertensão, enfim, é necessário descartar esses problemas, além de doenças psíquicas, como depressão ou transtorno de ansiedade", explica. A ginecologista também cita a interferência causada pelo uso de anticoncepcionais, a falta de reposição hormonal adequada para mulheres na menopausa e o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo Feminino (TDSHF). Esse é um transtorno que estimula a diminuição progressiva da libido. Não é algo que, de um dia para o outro, tira a vontade de fazer qualquer coisa na vida, é algo que vai se desenvolvendo com o decorrer do tempo. Rosário define que o TDSHF pode significar também uma alteração na quantidade de orgasmos, ou seja, a mulher consegue iniciar uma relação, mas não chega a um desfecho positivo para ela. As causas são diversas e podem reunir todos os fatores previamente citados —hormonais, metabólicos, psíquicos, emocionais, sociais etc. O tratamento, por sua vez, vai depender desses motivos. Segundo Willy Baccaglini, uro-oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e mestre em medicina sexual pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), o estresse físico, mental e emocional podem contribuir para a queda da libido masculina. Baccaglini orienta que a prática regular de exercícios realmente faz diferença, mas que é preciso observar aspectos diversos e, se necessário, investir em perda de peso, organização do sono, abordagem da saúde mental e troca de medicamentos que estejam interferindo de maneira negativa. No caso de homens que apresentam níveis de testosterona baixa —o que é diagnosticado por meio de exames —a reposição hormonal pode ser indicada. ✅💥️Fontes: Alisson Marques, psiquiatra pelo Hospital São Vicente de Paulo e médico do Núcleo de Saúde Mental do SAMU/Secretaria de Saúde do Distrito Federal; 💥️Mariana Rosário, ginecologista, obstetra e mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); 💥️Thúlio Coelho, nutrólogo pelo Hospital Israelita Albert Einstein, endocrinologista pelo Instituto de Pesquisa e Ensino Médico e integrante da equipe da clínica Vive La Vie; e 💥️Willy Baccaglini, mestre em medicina sexual pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e uro-oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein.Situação pode ser mais complexa para mulheres
Os homens também sofrem?
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