Mulheres fortes como Gal também podem cair em relações tóxicas
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Maria Ribeiro
Passei algumas horas em suspenso. Recebendo mensagens de parabéns enquanto era tomada por um amor imenso. Assim como o Brasil inteiro, eu também era apaixonada pela Gal. É deste lugar, de devoção e gratidão, que venho falar sobre a matéria da revista "piauí". E dizer que além da reportagem de Thallys Braga ser de extrema relevância, porque falar de relações abusivas serve como alerta para quem não se enxerga nelas, há em seu texto histórias muito bonitas.
Para quem está por fora, um resumo. Na "piauí" de julho, há uma matéria sobre a viúva da cantora. Uma mulher que chamava a companheira de velha e gorda, que ameaçava seus funcionários e que supostamente aplicou golpes por onde passou. Além de prejudicar a carreira de uma das maiores artistas brasileiras, a afastou de vários dos seus amigos.
Nesse momento em que tanto falamos de feminismo e de cumplicidade entre mulheres, algumas coisas me chamam a atenção. A primeira é achar que só homens são abusivos, o que está longe de ser verdade. Infelizmente, já trabalhei com mulheres extremamente competitivas e violentas, e já tive ótimos chefes do sexo masculino —não todos, vale lembrar.
A segunda é acreditar que figuras fortes e vistas como "poderosas" não podem cair no redemoinho de parcerias tóxicas. E que, ao caírem, se tornam menos admiráveis por isso. Da minha parte, posso dizer que já estive nesse time. Por algum tempo. Foi mal aí.
Por último, as histórias bonitas. São muitas. Caetano, como sempre. Lúcia Veríssimo, que se emociona ao falar da casa em que viveram juntas. Marcus Preto. Kati Almeida Braga. E seu filho, Gabriel. Sobretudo, seu filho Gabriel. A quem desejo sorte, como na música que a cantora gravou com Caetano Veloso.
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