Mulheres trabalham mesmo com cólica menstrual
Adriana Negreiros
De Universa, em São Paulo
Na medida que a idade avança, a tolerância à dor — ou a decisão de parecer uma profissional exemplar a qualquer custo — parece diminuir. No Brasil, 16% das mulheres estão propensas a trabalhar mesmo com dores ou sintomas associados à menopausa — a média mundial é de 20%. Também é menor (comparado à menstruação) o número das que reivindicam licença-remunerada para desconfortos da menopausa: 52%.
Crise de saúde mental
Principais responsáveis pelos serviços domésticos e cuidado com as crianças mesmo trabalhando em empresas, 55% das brasileiras enfrentam níveis mais altos de estresse do que no ano passado. Mulheres negras e indígenas são as que se sentem mais esgotadas: 39%, contra 28% das brancas. Elas também enfrentam mais desconforto ao falar sobre saúde mental no ambiente de trabalho (39% x 28%). Os números relativos aos das mulheres brasileiras brancas são iguais à média dos dez países retratados na pesquisa.
Entre as brasileiras, 94% acham que as empresas nas quais trabalham não estão empenhadas em cumprir compromissos com a diversidade de gênero — a média global é de 92%. Apenas 1/3 das mulheres ouvidas (33% na média global, 34% no Brasil) recomendariam a organização da qual são empregadas como um ótimo lugar para trabalhar.
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