Trump pede à Corte que suspenda lei que contempla proibição do TikTok

Presidente eleito dos EUA Donald Trump, durante convenção AmericaFest, realizada em Phoenix, nos EUA

Presidente eleito dos EUA Donald Trump, durante convenção AmericaFest, realizada em Phoenix, nos EUA Imagem: Rebecca Noble/Getty Images

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou nesta sexta-feira (27) um documento solicitando à Suprema Corte que suspenda uma lei que proibiria o TikTok um dia antes de sua posse, em 20 de janeiro, caso o aplicativo não seja vendido por sua proprietária chinesa, a ByteDance.

"Dada a novidade e a dificuldade deste caso, a corte deveria considerar suspender o prazo legal para proporcionar mais tempo para abordar essas questões", escreveu a equipe jurídica de Trump, pedindo "a oportunidade de buscar uma resolução política".

Trump se opôs ferozmente ao TikTok durante seu primeiro mandato (2017-2021) e tentou, sem sucesso, proibir a plataforma de vídeos por motivos de segurança nacional.

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O republicano expressou preocupações, também ecoadas por seus rivais políticos, de que o governo chinês pudesse acessar os dados dos usuários americanos do TikTok ou manipular o que é exibido na rede social.

Autoridades americanas também manifestaram alarme com a popularidade da plataforma entre os jovens, alegando que sua empresa matriz estaria a serviço de Pequim e que o aplicativo seria usado para disseminar propaganda.

Tanto a ByteDance quanto o governo chinês negaram essas alegações.

Trump havia exigido que uma empresa americana comprasse o TikTok e que o governo participasse do preço de venda. Seu sucessor, o democrata Joe Biden, foi além, assinando uma lei para proibir o aplicativo pelas mesmas razões.

No entanto, Trump parece ter mudado de ideia. "Agora que penso nisso, sou a favor do TikTok, porque precisamos de concorrência", declarou recentemente à Bloomberg.

No documento apresentado nesta sexta-feira, o advogado de Trump deixou claro que o presidente eleito não estava se posicionando sobre o mérito jurídico do caso atual.

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"Em vez disso, solicita respeitosamente que a corte considere suspender o prazo legal para o desinvestimento até 19 de janeiro de 2025, enquanto analisa os méritos do caso, permitindo assim que a Administração do presidente eleito Trump busque uma resolução política para as questões em disputa", escreveu o advogado John Sauer.

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