Pelo menos 16 mortos em ataques de animais este ano no norte de Moçambique
Pelo menos 16 pessoas morreram desde janeiro vítimas de ataques de animais selvagens, num total de 99 casos de conflito homem-fauna bravia registados na província de Niassa, norte de Moçambique, anunciou fonte oficial.
“De janeiro a novembro do presente ano, foram reportados e registados 99 casos de conflito homem-fauna bravia contra 114 em igual período de 2023 (…), resultando na morte de 16 pessoas e na destruição parcial de 37,08 hectares de culturas diversas”, disse Matias Chapungo, diretor provincial da cultura e turismo em Niassa, citado hoje pela Televisão de Moçambique.
Segundo o responsável, pelo menos 18 animais foram abatidos na sequência dos ataques, sendo os elefantes, hienas e leões considerados alguns dos “mais problemáticos”.
“O setor do ambiente interveio para este caso em 54 situações que culminaram com o abate de 18 animais considerados problemáticos, em defesa de pessoas e bens”, referiu Matias Chapungo.
A Lusa noticiou anteriormente que o número de mortos devido a ataques de animais selvagens quase triplicou num ano, chegando a 159 vítimas em 2023, segundo um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE).
No relatório de Indicadores Básicos do Ambiente de 2023, o INE detalha que o número de óbitos por conflito Homem-fauna bravia foi de 58 no ano anterior e de 56 em 2023, mas de 97 em 2023 e de 42 em 2023.
De acordo com dados anteriores da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram de 2023 a 2023 um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.
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