Astrónomos conseguem primeira imagem de grande plano de estrela fora da Via Láctea - Multimédia
Pela primeira vez, 💥️astrónomos conseguiram obter uma imagem de grande plano de uma estrela moribunda numa galáxia que não a Via Láctea.
A 💥️supergigante vermelha WOH G64 situa-se a uns impressionantes 160.000 anos-luz de distância da Terra, mas ainda assim foi possível obter-se uma imagem sua extremamente nítida, graças à elevada resolução atingida pelo 💥️Interferómetro do Very Large Telescope (VLTI), do Observatório Europeu do Sul (ESO).
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Ver artigoAs novas observações revelam que 💥️esta estrela está a expelir gás e poeira, estando nas últimas fases de vida antes de explodir sob a forma de supernova.
Embora os astrónomos tenham obtido cerca de várias dezenas de imagens de grande plano de estrelas na Via Láctea, revelando assim as suas propriedades, 💥️existem inúmeras estrelas noutras galáxias tão distantes que observá-las em pormenor tem-se revelado extremamente difícil, pelo menos até agora.
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💥️A WOH G64 situa-se na Grande Nuvem de Magalhães, uma das galáxias anãs que orbitam a Via Láctea, 💥️e sabe-se da sua existência desde há décadas. Com um tamanho de 💥️cerca de duas mil vezes superior ao do nosso Sol, está classificada como uma estrela supergigante vermelha.
“Descobrimos um casulo em forma de ovo a rodear a estrela”, disse Keiichi Ohnaka, astrofísico e autor principal do estudo que relata estas observações e que foi publicado esta quinta-feira na revista da especialidade Astronomy & Astrophysics. “Isso deixou-nos muito entusiasmados porque pode estar relacionado com a drástica ejeção de material por parte da estrela moribunda antes da sua explosão sob a forma de uma supernova”.
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Ver artigoHá muito tempo que a equipa de Ohnaka se interessa por esta estrela gigante. Em 2005 e 2007, 💥️os investigadores usaram o VLTI do ESO no deserto chileno do Atacama, para aprender mais sobre as caraterísticas da estrela, tendo continuado a estudá-la nos anos seguintes.
No entanto, 💥️obter uma imagem real da estrela não é fácil, mas com o desenvolvimento de um dos instrumentos de segunda geração do VLTI, o GRAVITY, surgiu a oportunidade.
Ao comparar os novos resultados com observações anteriores da WOH G64, os investigadores ficaram surpreendidos ao descobrirem que 💥️a estrela se foi tornando cada vez mais ténue ao longo da última década.
“Descobrimos que a estrela tem estado a sofrer uma mudança significativa nos últimos 10 anos, o que nos dá uma oportunidade rara de testemunhar a vida de uma estrela em tempo real”, diz Gerd Weigelt, professor de astronomia e coautor do estudo.
Na fase final da sua vida, 💥️as supergigantes vermelhas como a WOH G64 libertam as suas camadas exteriores de gás e poeira, num processo que pode durar milhares de anos. “Esta estrela é uma das mais extremas do seu género e qualquer mudança drástica pode aproximá-la de um fim explosivo”, acrescenta o coautor Jacco van Loon, que observa a WOH G64 desde a década de 1990.
A equipa pensa que 💥️este material perdido pode ser igualmente responsável pelo escurecimento da estrela e pela forma invulgar apresentada pelo casulo de poeira que a rodeia.
A nova imagem mostra que o casulo está esticado, o que surpreendeu os cientistas, que 💥️esperavam uma forma diferente com base em observações anteriores e modelos de computador.
💥️Veja o vídeo de aproximação produzido pelo ESO
A equipa acredita que 💥️a forma em ovo do casulo pode ser explicada pela ejeção das camadas exteriores da estrela ou pela influência de uma estrela companheira 💥️ainda por descobrir.
À medida que a WOH G64 se torna cada vez mais ténue, 💥️obter outras imagens de grande plano é cada vez mais difícil, mesmo com o VLTI. No entanto, 💥️as atualizações planeadas para a instrumentação do telescópio, como o futuro GRAVITY+, prometem mudar isto em breve.
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