APA dá & luz verde& a parque eólico da Endesa no Pego com condições
O projeto da Endesa para a reconversão da central do Pego, o Parque Eólico das Aranhas, recebeu um parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), ainda que com condições.
Segundo o documento disponível no ‘site’ da APA, que foi divulgado inicialmente pelo Expresso, a Comissão de Avaliação emitiu um parecer favorável ao projeto, “condicionado ao cumprimento dos termos e condições impostas”.
Os impactes negativos do projeto “irão ocorrer na fase de construção, mas serão mais significativos na fase de exploração”. “Na fase de construção os impactes são considerados, na sua maioria, negativos, pouco significativos e temporários, enquanto na fase de exploração preveem-se impactes negativos significativos a muito significativos”, lê-se no parecer.
Existem efeitos ao nível da paisagem, bem como relativos à sensibilidade patrimonial e aos recursos hídricos.
Por outro lado, há também “impactes positivos a nível nacional, tendo em conta a contribuição do projeto para a diversificação das fontes energéticas do país”.
Além disso, há efeitos positivos tendo em conta o próprio objetivo do projeto, sendo que “o Cluster do Pego, do qual faz parte o presente projeto, vem amplificar o objetivo de redução das emissões e compensar a perda de empregos referida, o que se traduz também em impactes positivos muito significativos não só a nível nacional como a nível regional e local”.
“Importa assim considerar os impactes positivos indiretos ao nível da economia local, e os impactes diretos com a criação de postos de trabalho (ainda que em número reduzido)”, que “são considerados significativos quando cumulativos com os outros projetos do setor energético na região”, refere a comissão de avaliação.
O parecer, cuja decisão data de 22 de outubro, foi então favorável condicionado.
A Endesa ganhou o concurso de transição justa para a reconversão da Central Termoelétrica do Pego, com um projeto de investimento de cerca de 700 milhões de euros, que combina a hibridização de fontes renováveis (solar fotovoltaica e eólica) e o seu armazenamento, com iniciativas de desenvolvimento social e económico.
Dada a complexidade do projeto, a empresa decidiu dividi-lo em quatro blocos, que estão em diferentes fases de tramitação ambiental, com vista à entrada em funcionamento em 2027, sendo que o primeiro bloco é o de Aranhas, para energia eólica equivalente ao consumo de 350.000 habitações durante um ano.
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