Luva da Glooma vai ajudar mulheres a identificar sinais de alerta para cancro da mama - Computadores Tek

Na reta final de preparação para chegar ao mercado, a startup de Braga desenvolveu uma luva com sensores que, com a ajuda de uma app e de um algoritmo, vai ajudar as mulheres a identificar alterações na mama, em casa e em modo “self-service”. Luva da Glooma vai ajudar mulheres a identificar sinais de alerta para cancro da mama Luva Glooma Glooma

O sonho é 💥️criar uma solução que ajude as mulheres a vigiarem o peito, identificando 💥️anomalias malignas ou benignas e fornecendo indicações sobre o tipo de alterações que regista e o nível de urgência associado. Uma solução que possa mesmo permitir o 💥️encaminhamento da mulher para um especialista, facilitando a marcação de uma consulta na app associada à luva que a Glooma tem vindo a desenvolver. É um sonho que provavelmente será concretizado por fases, à medida que o rigoroso processo de certificação de dispositivos com informação clínica for permitindo, mas que já conquistou muita atenção e uma enorme expectativa.

Cerca de 💥️um terço dos cancros de mama são detectados mais tarde do que deviam ser. Isso acontece por 💥️falta de conhecimento das mulheres, sobre o processo de palpação que podia dar os primeiros sinais de alarme, ou por 💥️demora na procura de especialistas para fazer essa avaliação ou verificarem as alterações que a mulher (ou o homem) detetou e desvalorizou.

A 💥️luva que a startup de Braga tem vindo a desenvolver está “recheada” de sensores de pressão que vão ajudar a monitorizar o tecido mamário. Tem uma app associada que vai lembrando a utilizadora de repetir o processo periodicamente e que integra um guia em vídeo, para assistir a utilização correta da luva. Os 💥️dados recolhidos pelos sensores são trabalhados por um algoritmo e é compilado um registo histórico de informação que permite identificar e analisar alterações, podendo depois fornecer diferentes tipos de insights.

A 💥️solução está montada, embora continue a ser melhorada. 💥️Falta definir como vai chegar ao mercado por causa dos requisitos de certificação exigidos pelas entidades competentes, como a FDA - Food and Drug Administration nos Estados Unidos, onde a Glooma quer avançar primeiro.

A 💥️classe do produto define os requisitos da certificação, uma distinção que neste caso tem a ver com o “tipo de informação que é dada à mulher”, como explica Francisco Neto Nogueira, CEO e cofundador da Glooma, e que determina o tipo e quantidade de documentação e prova científica que as empresas têm de fornecer. Uma 💥️solução que mostre um mapa com diferenças no tecido mamário de um mês para outro, não requer um algoritmo tão desenvolvido “como se quisermos dizer que a mulher tem um quisto com 3 milímetros no quadrante superior externo”, exemplifica o empreendedor.

A Glooma está a validar a possibilidade de 💥️avançar numa primeira fase com um dispositivo mais simples na informação que pode dar, para acelerar a entrada no mercado, e continuar a trabalhar na evolução para novas funcionalidades e na respetiva certificação, à medida que for compilando mais dados já com a 💥️SenseGlove no mercado.

O 💥️plano até ao final deste ano é ter tudo pronto para a certificação (toda a documentação pronta e submetida), já com uma definição clara da fórmula final da primeira versão do produto submetida a apreciação e avançar com uma nova ronda de investimento, que angarie capital para esta entrada no mercado americano.

A 💥️ideia de criar a SenseGlove nasceu da vontade de dar resposta a uma situação pessoal de uma familiar do co-fundador Francisco, onde um diagnóstico atempado teria permitido um tratamento mais rápido de um câncro grave. O trabalho que se seguiu foi de “pesquisa em artigos científicos,💥️ identificação da tecnologia que pudesse fazer mais sentido para criar o produto, comprar componentes e começar a testá-los”, explica 💥️Frederico Stock, também cofundador do projeto e COO.

Da ideia ao produto, passo a passo

A seguir veio a💥️ validação da ideia “falando com muitos médicos e com muitas mulheres para perceber verdadeiramente o problema e validar que o motivo que tinha dado origem à ideia era geral para a maioria das mulheres. Esta fase de consulta também serviu para “perceber como podíamos adaptar da melhor forma a solução às mulheres” que a iam usar.

A SenseGlove continua a ser melhorada em testes, que têm servido para afinar a precisão dos sensores, mas também para enriquecer o algoritmo com mais dados. A 💥️primeira prova de conceito foi realizada na CUF Descobertas com 40 doentes e os resultados foram animadores. 💥️Oitenta e oito por cento dos resultados apresentados estavam corretos, os restantes foram falsos positivos. “Foi um teste apenas para verificar a capacidade dos sensores dizerem se existia ou não uma alteração e não ter falsos negativos foi muito animador”, sublinha Frederico Stock.

tek Glooma tek Glooma Equipa da Glooma créditos: Glooma

No futuro, a equipa acredita que a💥️ SenseGlove pode ter um papel nos cuidados de saúde primários, enquanto ferramenta de apoio à decisão médica mas, para já, o grande plano é ajudar a “empoderar as mulheres”.

“Queremos ajudar as mulheres a ultrapassar uma questão que está muitas vezes ligada ao medo e à falta de conhecimento do próprio corpo e isto é um problema da sociedade que se estende a outros aspetos da saúde da mulher”, destaca o empreendedor.

O contributo da Glooma materializa-se num dispositivo que vai 💥️ajudar a mulher a fazer o controlo da sua saúde mamária e no futuro a interpretar mudanças no corpo a partir de casa, com a regularidade necessária e desejável. Um dispositivo portátil, que promete um 💥️exame em três minutos e que também vai ajudar a verificar outras alterações, decorrentes da menopausa ou de uma mudança de pílula, por exemplo, contribuindo para valorizar os sinais que merecem alarme.

Mesmo sem ainda ter um produto no mercado, a Glooma já é uma das startups mais premiadas do ecossistema português. 💥️Antes de chegar à primeira ronda de capital tinha conseguido 100 mil euros em mais de uma dezena de concursos de empreendedorismos, onde a proposta se destacou.

Francisco Neto Nogueira vem de engenharia biomédica e Frederico Stock de optometria e ciências da visão, com formação posterior em gestão. Os dois cofundadores do projeto contam com mais quatro pessoas na equipa neste momento. No final do ano passado angariaram um 💥️investimento de 333 mil euros, liderado pelo Fundo para a Inovação Social. No segundo semestre deste ano💥️ querem fechar uma nova ronda de 5 milhões de euros, a envolver fundos nacionais e americanos. A luva já pode ser pré-reservada no site e custa 99 euros.

Este artigo faz parte do especial Ideias que podem mudar vidas: 5 projetos de startups portuguesas para mudar a saúde que vale a pena conhecer

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