Como os algoritmos têm ajudado a radicalizar meninos da Geração Z?

Andrew Tate é um dos principais influenciadores do movimento masculinista

Andrew Tate é um dos principais influenciadores do movimento masculinista Imagem: Reprodução/Instagram

Pesquisas internacionais apontam que os algoritmos de recomendação das redes sociais têm colaborado com a distribuição de vídeos extremistas e masculinistas entre adolescentes e jovens da Geração Z. Isso, segundo especialistas, aumenta a tendência de que eles se tornem conservadores radicais.

O que aconteceu

Os chamados grupos masculinistas exaltam a supremacia masculina, dizem como homens e mulheres devem se comportar e defendem a meritocracia e a busca pelo sucesso. O movimento sempre existiu, mas ganhou destaque após se consolidar em fóruns online, redes sociais, podcasts e cursos de coaches.

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Gráficos mostram "gap ideológico" entre homens e mulheres na Coreia do Sul, EUA e Alemanha Imagem: Reprodução/John Burn-Murdoch/Financial Times

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Papel das plataformas

Para Bruna, os masculinistas souberam implementar o que ela chama de "mercantilização da misoginia". "A gente tem cursos dentro da plataforma do YouTube, por exemplo, ensinando qual mulher o homem tem que cortejar, qual mulher 'não presta', como uma mulher tem que se comportar e com qual mulher aquele homem deve se casar, e esses cursos são rentáveis para o YouTube", explica. Apesar de o conteúdo incentivar a radicalização dos meninos, o YouTube continua exibindo os vídeos, pois os cursos atraem a audiência de seguidores, retêm a atenção do público e geram mais lucro para o aplicativo, acrescenta a cientista social.

💥️Plataformas devem ter compromissos éticos e produtores de conteúdo devem ser responsabilizados. Para Manoel, as big techs deveriam apresentar suas práticas e princípios éticos com mais transparência, facilitando o entendimento de como funcionam os algoritmos e o impulsionamento de certos tipos de conteúdo. Além disso, os influenciadores que produzem vídeos que incitam o extremismo ou exploram as fragilidades das pessoas deveriam ser punidos, na visão do analista de dados. Segundo Bruna, as penalizações são importantes porque a disseminação de ódio é alimentada pela sensação de impunidade. "Enquanto a gente não tiver uma internet 100% regulamentada e não houver essa preocupação [em combater os conteúdos extremistas], ainda vão acontecer esses casos de meninos radicalizados e a disseminação de ódio contra mulheres", conclui a pesquisadora.

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