ISCTE junta investigadores e abre as portas à cidade e às empresas no novo espaço de Conhecimen
O desejo era antigo, mas só foi possível concretizar agora, com a💥️ inauguração do ISCTE Conhecimento e Inovação, um espaço que vai reunir todos os investigadores do Instituto Universitário de Lisboa, “💥️forçar” a interação entre diferentes áreas científicas e abrir caminho a mais projetos e resultados que possam nascer desse cruzamento de ideias e experiências.
O edifício foi desenhado para “💥️promover uma investigação sem barreiras dentro do ISCTE mas também na sua ligação ao exterior, para que a cidade possa trazer os seus desafios e os nossos investigadores possam ajudar a resolvê-los” como explica 💥️Jorge Rodrigues da Costa, vice-reitor para a área da investigação.
Quase todas as áreas são 💥️espaços partilhados, desde as💥️ salas equipadas para vários postos de trabalho, prontas a receber investigadores de diferentes equipas, às zonas de convívio. E há várias, entre💥️ copas e salas de refeições mais convencionais ou mais descontraídas, como um espaço com um grande ecrã e um pátio convidativo, onde já há mesas e cadeiras à espera de sol que atraia os primeiros interessados.
“Todo o💥️ trabalho de investigação, na sua base é disciplinar. A forma como se faz ciência e se produz pensamento é diferente e é por isso que 💥️a partilha de espaço é essencial para criar pontos de ligação entre cada uma das áreas”, sublinha 💥️Carina Cunha, coordenadora do gabinete de apoio à investigação, que também nos acompanhou na visita. E é essa a premissa na base do projeto, que desde 2018 estava nos planos do ISCTE.
Financiado pelo Lisboa 2023, este💥️ investimento de 19,5 milhões de euros responde às necessidades físicas de espaço da instituição, para acomodar o crescimento das várias áreas nos últimos anos, mas é também a 💥️oportunidade para concretizar uma estratégia e uma visão diferente sobre a forma de fazer I&D, assente numa lógica, não só de maior proximidade entre investigadores, mas também destes com a própria comunidade.
“O ISCTE é uma composição de áreas científicas que também existem noutras universidades, mas o que sempre nos distinguiu foi esta concentração geográfica e proximidade das áreas, que permite criar sinergias”, reconhece o vice-reitor Jorge Costa.
O modelo tem funcionado no ensino e 💥️facilitado inclusive o nascimento de cursos novos, como ciência de dados, que resulta de um “cruzamento” entre a matemática, informática e gestão.
O objetivo é 💥️potenciar estas sinergias também na I&D onde, pelo teor do trabalho desenvolvido, estar no mesmo campus não chega para garantir interação. Já estar num mesmo edifício, a partilhar salas de trabalho, de refeições e espaços de lazer vai “forçar” contactos que podem fazer nascer novas ideias, ou dar um rumo diferente às que já existem, acredita-se.
Engenheiros e psicólogos já colaboram para combater discursos de ódio online
Para o novo edifício estão a passar 💥️oito centros de investigação, 💥️13 laboratórios e nove observatórios. 💥️Editoras e estruturas de apoio à I&D também já ocupam parte dos três pisos, herdados do 💥️antigo edifício do IMTT, reconstruido a pensar numa gestão mais eficiente de recursos, como a luz ou a refrigeração, e no conforto de quem lá trabalha. A ruidosa 💥️avenida das Forças Armadas, mesmo ali ao lado, perdeu o som e só manteve o movimento, que pode ser apreciado de grandes janelas. Os aviões que sobrevoam a zona deixaram de interromper conversas e palestras, sublinhou-nos também quem já estava habituado ao ruído, mas agora nota a diferença.
Há 💥️salas de reuniões, as já referidas salas de trabalho, prontas para💥️ ir recebendo os 1.000 investigadores que trabalham com o ISCTE, e salas de aulas, equipadas com tecnologia moderna e prontas para💥️ gravar aulas, que podem ser transmitidas para quem acompanha de casa. As aulas dos 25 doutoramentos ministrados no ISCTE também vão passar para ali.
“O doutoramento é a entrada na investigação faz sentido tê-los aqui próximos dos nossos investigadores mais seniores e da nossa comunidade científica”, defende Jorge Rodrigues da Costa. Algumas aulas já são ministradas lá, mas a transição “em peso” acontecerá a partir de fevereiro.
O cheiro a novo e a madeira do edifício e as salas vazias mostram que a transferência ainda está em processo, mas os responsáveis garantem que a 💥️estratégia de aproximar áreas de investigação já está a produzir resultados, que agora vão ser exponenciados. Por exemplo, 💥️psicólogos e engenheiros trabalham num mecanismo de deteção automática em língua portuguesa e intervenção rápida em discursos de ódio nas redes sociais, para que não se propaguem.
A generalidade das grandes plataformas online já usam este tipo de mecanismos. Este procurará 💥️distinguir-se pela língua de base, porque poderá ser usado em diferentes tipos de sites, mas também porque pretende 💥️ir além da identificação de palavras e reconhecer sinais de alerta nas subtilezas do discurso.
Este 💥️kNOwHATE – Knowing Online Hate Speech, financiado pelo programa europeu Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores, foi aliás um dos projetos em destaque na inauguração oficial do edifício, no final de novembro. Um dia para 💥️mostrar à comunidade o que se faz dentro das quatro paredes da instituição, que se quer ver mais repartido , daqui em diante.
Atrair empresas e partilhar recursos de I&D
O objetivo de💥️ ligação à comunidade deste novo espaço do ISCTE está previsto por duas vias principais. A primeira é 💥️manter as portas do edifício abertas à cidade. Um dos espaços de restauração vai ser concessionado e ter acesso público. Da mesma forma, os dois auditórios existentes e outras salas vão poder receber eventos.
A instituição quer também fazer do ISCTE Conhecimento e Inovação um 💥️polo de experimentação para empresas, disponibilizando a sua capacidade de investigação ao mercado, através de novas parcerias. A ideia é atrair para o espaço “pequenos laboratórios de empresas que ali queiram💥️ desenvolver os seus protótipos, contando com os recursos de I&D do ISCTE, para encontrar resposta para os seus desafios internos”, revela Jorge Costa.
Valências do novo ISCTE Conhecimento e Inovação créditos: ysokeTekComo destaca Carina Cunha, “💥️tem de haver espaço para a investigação fundamental, para novas ideias e para as ideias que não vão resultar na nossa I&D, porque os não resultados são muito importantes para a investigação. Muitas vezes não têm palco mas são essenciais para o progresso da investigação”. Mas “💥️também temos de ter investigação aplicada e aí podemos colaborar muito com a sociedade civil e trazer valor acrescentado”, acrescenta Jorge Costa.
“A nossa ideia aqui não é abrir espaço para uma incubadora. Já temos uma. Aqui o que pretendemos é trazer a nossa capacidade de investigação e desenvolvimento para servir as empresas”, ajudando a criar conhecimento, sem ambição de comercializar as invenções que venham a surgir. “Isso fica para a empresa, a nós é mais a reputação científica que nos move”.
Em questão estão💥️ parcerias de médio-longo prazo, que tragam novos desafios para os investigadores e ajudem as empresas a explorar novos caminhos por essa via, sem a pressão dos custos associados à manutenção de uma equipa interna de investigadores para o fazer. A primeira parceria nestes moldes está já a ser fechada.
O 💥️ISCTE integra atualmente mais de 11 mil alunos, cerca de 💥️1.000 são alunos de doutoramento e quase metade são estrangeiros. Tem um 💥️orçamento anual que ronda os 60 milhões de euros e foco nas áreas da gestão, ciências sociais e tecnologia, mais a I&D, com unidades nas diferentes áreas, sob o chapéu do 💥️Social Digital Lab, a estrutura que agrega as várias unidades e que alinhou uma agenda comum de investigação da instituição.
O que você está lendo é [ISCTE junta investigadores e abre as portas à cidade e às empresas no novo espaço de Conhecimen].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments