Dados do “velhinho” Kepler desvendam novo sistema com planetas escaldantes - Multimédia Tek
Está reformado desde 2018, mas os dados que o 💥️telescópio espacial Kepler recolheu nos seus nove anos de atividade como “caça-planetas” continuam a contribuir para revelar os mistérios da Via Láctea. Desta vez é 💥️a existência de um novo sistema com “planetas escaldantes”.
O estudo contínuo da informação registada pelo telescópio espacial aponta, especificamente, para um sistema em que 💥️cada um dos sete planetas recebe mais calor radiante da sua estrela hospedeira, por área, do que qualquer planeta do Sistema Solar.
Além disso, todos os planetas do denominado Kepler-385 são maiores do que a Terra e mais pequenos do que Neptuno, característica que o transforma 💥️num dos poucos sistemas planetários conhecidos com mais de seis planetas confirmados ou candidatos a planetas.
No centro do Kepler-385 está uma 💥️estrela semelhante ao Sol, cerca de 10% maior e 5% mais quente. Os dois planetas mais próximos da estrela, um pouco maiores que a Terra, provavelmente são rochosos e podem ter atmosferas finas. Os outros cinco planetas são maiores, com um raio aproximadamente duas vezes o da Terra, e deverão estar envolvidos em atmosferas densas.
A NASA produziu um 💥️vídeo animado que “dá som” à criação do novo sistema planetário. A “banda sonora” começa no centro do sistema com a órbita mais interna e avança em direção à mais externa, 💥️introduzindo em cada órbita um novo som que toca uma vez por rotação em torno da estrela central semelhante ao Sol. Em seguida, concentra-se em duas órbitas específicas em ressonância, o que cria um 💥️som de batida com a interna, girando duas vezes no mesmo período que a externa gira três vezes. Por fim, apenas os três planetas mais externos são destacados como uma 💥️cadeia de ressonância orbital, antes de misturar todos os sete novamente.
💥️Veja o vídeo
A precisão na descrição das propriedades do sistema Kepler-385 é um testemunho da proposta de um 💥️novo catálogo Kepler, que contém quase 4.400 candidatos a planetas, incluindo mais de 700 sistemas multiplanetários.
Enquanto os catálogos finais da missão Kepler se concentravam em produzir listas otimizadas para medir a frequência de planetas em torno de outras estrelas, 💥️este estudo apresenta uma lista abrangente que fornece informação melhorada sobre cada sistema, tornando descobertas como o Kepler-385 possíveis. Por exemplo, calcula com maior precisão a órbita de cada planeta à medida que passa à frente da sua estrela hospedeira, indica a NASA.
💥️Lançado a 6 de março de 2009, o telescópio Kepler combinava tecnologias para medir o brilho estelar com a maior câmara digital para observações espaciais da altura. Foi posicionado originalmente para 💥️vigiar 150.000 estrelas em movimento na constelação de Cygnus.
Terminou as suas observações primárias em 2013, seguidas por sua missão de prolongamento chamada K2, que 💥️durou até 2018. A inatividade chegou por ter ficado 💥️sem combustível numa órbita "segura, longe da Terra", referiu na altura a NASA.
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