Ataque à Microsoft pode fazer parte da ciberguerra contra a Ucrânia e aliados? - Computadores Tek

A Microsoft confirmou que as falhas em alguns serviços da suite 365 no início de junho foram consequência de um ciberataque. O grupo que o levou a cabo apresentou-se como ciberativista pelos direitos dos muçulmanos, mas vários especialistas acreditam que as motivações são outras. Ataque à Microsoft pode fazer parte da ciberguerra contra a Ucrânia e aliados?

A 💥️Microsoft confirmou que as falhas de serviço que no início de junho afetaram alguns serviços da empresa foram resultado de um ataque informático. Na altura estiveram inacessíveis durante algum tempo - cerca de duas horas - serviços como o Outlook, o OneDrive ou o Teams.

A empresa explica agora que o apagão se deveu a uma sobrecarga dos servidores de suporte aos serviços, provocada por um ataque DDoS (Distributed Denial of Service). 💥️Garante, no entanto, que não identificou sinais de que os dados de clientes tenham sido afetados pelo problema.

"A partir do início de junho de 2023, a Microsoft identificou picos de tráfego em alguns serviços que afetaram temporariamente a sua disponibilidade", reconheceu a empresa, numa nota no blog. 💥️Na sequência das falhas, a investigação interna ao evento permitiu identificar o ataque DDoS, que a empresa batizou como Storm - 1359.

Um ataque DDoS consiste no 💥️direcionamento de elevados volumes de tráfego de internet para os servidores alvo do ataque, que deixam de conseguir responder ao elevado volume de pedidos e continuar a disponibilizar o serviço em questão.

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Nem na altura, nem agora, a Microsoft divulgou 💥️quantos utilizadores, a nível global, terão sido afetados pelo problema, num primeiro momento classificado como uma falha relacionada com questões técnicas. Como recorda a Reuters, este foi o quarto evento do género a afetar serviços da Microsoft este ano. Depois deste evento, agora reconhecido como ataque, já houve outro, detalhado pela portuguesa VisionWare.

Na altura do ataque, um grupo que se identifica como 💥️Anonymous Sudão reclamou a autoria do evento e adiantou que tinha exigido um milhão de dólares à empresa para não revelar vulnerabilidades. Uma porta-voz da Microsoft, citada pela Fortune, terá agora confirmado que o grupo foi mesmo responsável pelo ataque.

Especialistas de segurança contactados pela revista defendem, no entanto, que o nome do grupo pouco deverá ter a ver com a sua verdadeira origem. No final de março, 💥️especialistas de segurança da Trustwave SpiderLabs publicaram um artigo dando conta das conclusões de uma investigação interna à verdadeira origem deste grupo.

Nos últimos meses, o grupo foi responsável por vários ataques DDoS a empresas e entidades de vários países ocidentais, como a Alemanha, Suécia, Países Baixos ou Austrália. O 💥️pretexto oficial para estes ataques é uma retaliação a ações ou medidas contra Estados ou cidadãos islâmicos, nos países em questão.

A 💥️SpiderLabs defende antes que o grupo é um projeto do coletivo russo Killnet, alegadamente patrocinado pelo Governo russo, uma ligação que várias empresas de segurança, como a Mandiant ou a portuguesa VisionWare, entre outras, também dão como certa.

“A SpiderLabs não conseguiu confirmar que o grupo está baseado no Sudão, nem que algum de seus membros seja desse país, mas com base nas evidências disponíveis, 💥️parece bastante provável que o Anonymous Sudão seja um projeto do grupo Killnet, possivelmente incluindo alguns membros da Europa Oriental”, pode ler-se no texto publicado pela empresa de segurança.

Os 💥️ataques DDoS são uma receita amplamente usada também pelo grupo Killnet, que ao longo dos ano passado realizou vários, a infraestruturas e serviços críticos de diferentes países. Todos estes países têm em comum o facto de serem apoiantes da Ucrânia. Além da semelhança de métodos, o Anonymous Sudão pública conteúdos em russo e o Killnet já divulgou informação sobre as atividades do grupo.

A Microsoft apenas refere que a 💥️motivação do ataque parece ter sido a disrupção dos serviços e a busca de protagonismo. Os atacantes terão recorrido a infraestruturas cloud e redes privadas alugadas, para pôr em ação redes de computadores zoombie que enviaram milhares de pedidos em simultâneo para os servidores da Microsoft.

A Microsoft, além de ser uma empresa norte-americana, 💥️tem um papel extremamente ativo na proteção das infraestruturas críticas dos Estados Unidos e tem vindo a fazer o mesmo em relação à Ucrânia, através dos seus centros de monitorização de eventos.

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