Se pular na Terra tem benefícios, imagine pular na Lua. A ESA explica - Multimédia Tek

Além de parecer divertido, pular na Lua também pode ser bom para os músculos, ossos e sistema cardiorrespiratório dos astronautas. Se pular na Terra tem benefícios, imagine pular na Lua. A ESA explica MoLo ESA

São várias as missões e programas que as agências espaciais têm em curso, muitos deles em Terra, no sentido de entender melhor as reações ou vantagens e desvantagens de determinados processos. É o caso da ESA com o 💥️MoLo - Movement in low gravity environments.

O programa junta uma equipa de especialistas em medicina espacial do Centro Europeu de Astronautas da ESA em Colónia, Alemanha, na 💥️simulação de gravidade lunar - a chamada hipogravidade - em Terra. O objetivo é investigar 💥️de que forma o corpo humano se adapta e analisar, em específico, como os saltos na Lua podem ajudar a manter e até a desenvolver ossos e músculos saudáveis.

Com várias fases, a experiência começou com uma conduta de ventilação reformada nas instalações da ESA em Milão, Itália, onde um 💥️poste de 17 metros foi equipado com uma corda elástica, permitindo saltos verticais de até seis metros em gravidade lunar simulada, 💥️para que fosse analisado o movimento e sua biomecânica.

A segunda fase envolve um voo parabólico, uma manobra de voo especial que simula a gravidade lunar e a de Marte, 💥️permitindo que a equipa estude os efeitos da hipogravidade no equilíbrio humano. Caso o estudo revele que o equilíbrio é prejudicado por níveis de gravidade reduzidos, as descobertas ajudarão a definir contramedidas com o objetivo de prevenir quedas e problemas de equilíbrio em terreno lunar e, posteriormente, marciano.

Numa fase futura, 💥️os investigadores querem perceber se é possível realizar saltos com baixos níveis de carga na Estação Espacial Internacional, o que pode, a longo prazo, promover o crescimento ósseo e muscular.

A estrutura óssea é muito sensível às forças mecânicas e na Terra geramos essas forças ao caminharmos todos os dias, o que é suficiente para manter a integridade de ossos e músculos, explica a ESA. Em microgravidade, tudo isso desaparece e ainda não se sabe se a gravidade lunar é suficiente para manter a integridade músculo-esquelética. O salto adicionaria 💥️uma forma de exercício muito eficaz e simples para ajudar os astronautas a mitigarem ou até a prevenirem o descondicionamento físico, defende-se. A reabilitação após as missões também poderia ser mais curta.

Se as vantagens do salto em hipogravidade ficarem provadas 💥️é provável que nenhum equipamento de exercício adicional seja necessário quando os astronautas viverem num habitat lunar, já que poderão caminhar e saltar “à vontade” na superfície da Lua.

De momento, e para mais testes em Terra, está igualmente a ser desenvolvido um sistema de suspensão vertical para as instalações análogas ESA-DLR LUNA que suporta até duas pessoas ao mesmo tempo, para 💥️simular uma caminhada espacial em terreno lunar.

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