Celulares podem ficar ainda mais caros com crise dos chips
O preço dos celulares pode subir ainda mais em 2023. O motivo seria a crise que afeta atualmente a produção dos chips semicondutores, componentes essenciais na fabricação dos smartphones. Rumores veiculados na imprensa chinesa apontam para a possibilidade de escassez de itens produzidos pela TSMC, a maior empresa deste setor no planeta. Caso a baixa oferta seja confirmada, estima-se que o encarecimento das peças possa ir a 25% até o final do ano.
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2 de 3 Escassez de semicondutores da TSMC pode fazer smartphones ficarem mais caros em 2023 — Foto: Divulgação/SamsungEscassez de semicondutores da TSMC pode fazer smartphones ficarem mais caros em 2023 — Foto: Divulgação/Samsung
A atual escassez de semicondutores é consequência da alta demanda e da consequente impossibilidade de produzir mais chips em menos tempo. O descompasso parece afetar toda a indústria de eletrônicos e até mesmo montadoras de automóveis, que dependem do componente para implementar tecnologias que vão de airbags a direção autônoma.
A incapacidade de atender a pedidos, segundo a TSMC, estaria relacionada também à falta de chuvas na região onde a empresa está sediada. O local teria recebido apenas metade do volume de precipitações em 2023 na comparação com o ano anterior. O fator natural, que foge do controle da empresa, obriga a fabricante a providenciar meios alternativos de abastecimento de água para suas instalações, aumentando despesas enquanto a produção de chips é afetada.
O eventual aumento no preço dos semicondutores significaria processadores e placas de vídeo mais caros e poderia impactar nos valores de outros componentes de smartphones, influenciando nos preços de prateleira. Vale lembrar que a Qualcomm, conhecida por fornecer processadores para diversas marcas de celulares, depende diretamente da TSMC e da Samsung para obter outros componentes.
3 de 3 Processador Snapdragon 888 — Foto: Divulgação/QualcommProcessador Snapdragon 888 — Foto: Divulgação/Qualcomm
A TSMC que já produz chipsets de 5 nanômetros e pretende iniciar a fabricação de componentes de 3 nanômetros. Os chips de nova geração devem fornecer de 25% a 30% mais desempenho e 10% a 15% menor consumo de energia. A expectativa é que os lançamentos sejam ainda mais caros.
Não é a primeira vez que a escassez do componente afeta a indústria de eletrônicos. A Samsung por exemplo, indicou a possibilidade de pular a linha do Galaxy Note neste ano. Embora a fabricante não tenha citado a escassez de semicondutores, a crise pode interferir na decisão da fabricante sul-coreana de adiar o lançamento do aparelho.
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