A lua de Júpiter Io não tem um oceano de magma pouco profundo
Io não tem um oceano de magma global pouco profundo sob a sua superfície, ao contrário do que se afirmava anteriormente, sugere um artigo publicado esta semana na revista Nature. As observações da sonda espacial Juno da NASA, combinadas com todos os dados históricos disponíveis, indicam que a atividade vulcânica na segunda lua mais pequena de Júpiter não tem origem num oceano de magma logo abaixo da superfície. As descobertas podem levar a repensar o interior de Io, bem como ter implicações para o que se entende sobre a formação e evolução planetária.
Io é o corpo mais vulcanicamente ativo do sistema solar. Pensa-se que a atividade vulcânica é alimentada por deformações de maré causadas por variações na força gravitacional de Júpiter, devido à órbita elíptica de Io. A quantidade de energia das marés pode ser suficiente para causar a fusão do interior de Io, potencialmente formando um oceano de magma subsuperficial, mas esta teoria é debatida.
Medir a extensão da deformação de Io pelas marés pode ajudar a determinar se a teoria do oceano de magma pouco profundo é plausível. Estas medições foram efetuadas pela sonda Juno em dois sobrevoos recentes e, combinando estas observações com dados históricos, Ryan Park e colegas calcularam a extensão da deformação de Io por forças de maré.
Os resultados não são consistentes com o que seria de esperar se estivesse presente um oceano de magma global pouco profundo, o que sugere que Io tem um manto maioritariamente sólido, relatam os autores. A existência de algumas regiões de magma no interior da lua está ainda por determinar, acrescentam.
Os resultados indicam que as forças de maré nem sempre criam oceanos de magma globais, o que pode ter implicações para a nossa compreensão de outras luas, como Enceladus ou Europa, concluem os autores.
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