MaahG e CamilotaXP contam o que ainda falta para todo mundo jogar junto
A comunidade gamer, apesar de ser diversa, ainda sofre com a falta de representatividade de pessoas de todos os jeitos. Um exemplo disso são as mulheres: apesar de corresponderem a 51,5% dos jogadores brasileiras, apenas 42,5% delas se consideram gamers, segundo a Pesquisa Game Brasil 2023. Muitas, inclusive, escondem seu gênero em partidas online para evitar assédio e preconceito. Outros grupos marginalizados fora do ambiente digital, como negros, PCDs e LGBTIQA+, também ficam longe dos holofotes em campeonatos de games, plataformas de streams e publicidade.
O 💥️TechTudo participou do evento #TodoMundoJoga da Lenovo na última quarta-feira (30), que celebrou o projeto focado em diversidade e inclusão de mulheres, pessoas pretas, PCDs e LGBTIQA+ de mesmo nome. Com isso, a gente perguntou para representantes dessas comunidades, como MaahG e Camilota, de Free Fire: o que ainda falta para todo mundo jogar junto?
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MaahG Lopez é streamer e apresentadora, além de mentora do projeto Todo Mundo Joga — Foto: Divulgação/Lenovo (Saymons)
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💥️MaahG Lopez: mais empresas criarem iniciativas de inclusão
MaahG Lopez, apresentadora e streamer, faz parte de três dos quatro grupos de minoria que compõem a iniciativa. Mulher, negra e LGBTQIA+, ela foi mentora do Todo Mundo Joga e acredita que mais empresas precisam abraçar o compromisso com a inclusão de diversidade. “Existem pessoas incríveis e que geram conteúdo de uma forma absurda, mas muita das vezes não são vistas”, ela explica.
A nova embaixadora da Lenovo já chegou a acreditar que estava na profissão errada e agora vive um recomeço. “É possível espelhar e mostrar para outras empresas e cenários que é possível incluir todo mundo”, justifica. “Eu, como mulher representada em vários desses pontos, nunca me senti tão realizada nos esports desde que eu entrei. Quanto mais a gente incluir, mais vamos nos sentir completos”, declara MaahG.
💥️Camilota XP: deixar as diferenças de lado
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CamilotaXP e Fabrício Ferreira, participante do projeto voltado para PCDs — Foto: Divulgação/Lenovo (Saymons)
Embaixadora da Lenovo, a apresentadora da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF) Camila ''CamilotaXP'' Silveira é referência feminina no cenário de esports. Durante o projeto, ela foi mentora da iniciativa para mulheres e também acompanhou os outros grupos. Para ela, o primeiro passo para todo mundo jogar junto é deixar as diferenças de lado. “Por serem diferentes da maioria, muitas pessoas acabam excluídas da sociedade”, ela explica.
Camilota explica que participar do #TodoMundoJoga foi prazeroso e gratificante. “Eu aprendi muito como ser humano, além do ponto de vista profissional. Principalmente, com o público PCD, que me acolheu de forma muito carinhosa”.
💥️Machadinho: oportunidades
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Machadinho é stremear e acredita que ainda faltam oportunidades para as minorias — Foto: Reprodução/Twitter
Gabriel "Machadinho" Machado, streamer da DETONA e SBT Games, fez parte da mentoria focada em PCDs. Para todo mundo jogar junto, ele ainda acredita que faltam oportunidades para as minorias. “Eu estou há cinco anos no mercado e só nessa pandemia que eu fui realmente notado, porque a sociedade em geral sentiu na pele o que uma pessoa com deficiência sente na vida, que é ficar isolado em casa”.
Para crescer, Machadinho aproveitou todas as oportunidades que surgiram e se tornou uma referência para pessoas com deficiência nos esports. Agora, ele planeja ampliar campeonatos para PCDs, como o Copa PCD de Valorant, que aconteceu no ano passado.
Sher Machado (Transcurecer): a ignorância que vem do preconceito
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Sher "Transcurecer" acredita que a ignorância impede que as pessoas não aceitem as diferenças — Foto: Reprodução/Twitter
A streamer da INTZ Sher Machado é uma das maiores referências na comunidade LGBTQIA+ na comunidade gamer. Mulher trans e negra, Sher tem 45 mil seguidores no Twitter e faz lives de Valorant. Para ela, é difícil entender como alguém consegue diferenciar outras pessoas por conta de sua aparência ou por quem elas são. “Para mim, o preconceito é ignorância”, explica.
Representante de diversas marcas, Sher acredita que não é preciso ser igual a maioria para ser considerada normal. “Somos seres diversos, temos diferenças e está tudo bem”. Ela busca, ainda, apresentar outras mulheres trans e amigos para marcas, o objetivo é dar mais chances para outras pessoas. “É claro que preciso de dinheiro, mas é preciso trazer mais pessoas para o mercado e isso não é uma competição", conta.
Com informações de Pesquisa Game Brasil.
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