É possível jogar no PC sem placa de vídeo? Tire suas dúvidas
Ao analisar um PC gamer, um dos pontos que mais chamam a atenção é a placa de vídeo do equipamento. Isso porque o componente é primordial para uma experiência avançada em jogos, havendo uma variedade de peças dedicadas a computadores gamer. Porém, mesmo máquinas que não contam com uma placa de vídeo dedicada são capazes de executar alguns games mais leves. A maioria dos processadores (CPU) também é capaz de realizar o processamento gráfico, uma vez que grande parte deles conta com vídeos integrados, uma espécie de GPU embutida no processador.
Para te ajudar a entender como tudo isso funciona e, quem sabe, fazer você jogar mesmo em uma máquina que não tem um foco em games, o 💥️TechTudo explica como é possível jogar mesmo sem uma placa de vídeo dedicada.
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1 de 5 Mesmo sem placa dedicada, é possível jogar alguns jogos no PC — Foto: Divulgação/IntelMesmo sem placa dedicada, é possível jogar alguns jogos no PC — Foto: Divulgação/Intel
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O que é preciso para jogar?
Um bom desempenho em jogos passa, de forma resumida, por ter um bom processador e uma boa placa de vídeo. Um bom processador para games precisa ter mais núcleos e um bom clock, enquanto uma boa placa de vídeo, além de um bom clock, precisa oferecer uma boa quantidade de memória, também chamada de VRAM nas GPUs.
Atualmente, um processador com dois núcleos e quatro threads já pode oferecer algum desempenho para jogos, o que pode ser encontrado em chips como os Intel Core i3 ou Intel Core i5 e AMD Ryzen 3 ou Ryzen 5. Eles são processadores que, normalmente, contam com vídeo integrado, que é o que vamos detalhar a seguir.
Vídeo integrado vs Vídeo dedicado
As placas de vídeo dedicadas são um componente separado do processador. Elas trazem um processador próprio, assim como uma memória (conhecida como VRAM), que também funciona de forma independente da memória RAM do PC.
O vídeo integrado, por sua vez, atua dentro do processador, o que também acaba por comprometer um pouco o seu desempenho. Os processadores Intel, por exemplo, contam com soluções integradas como UHD Graphics e Iris Plus, enquanto os processadores Ryzen da AMD trazem as soluções AMD Vega.
O vídeo integrado utiliza ainda parte da memória RAM do PC como memória de vídeo. Desse modo, de maneira automática ou por definição do usuário, é preciso destinar parte da memória RAM para atuar como memória de vídeo. Isso exige que o PC tenha mais RAM para um desempenho mais adequado.
De modo geral, por ser independente, o vídeo dedicado oferece mais desempenho, sendo assim um componente que é comumente encontrado em computadores para jogos. Por outro lado, os vídeos integrados, mesmo que limitados, estão presentes em praticamente qualquer PC, o que vai oferecer alguma possibilidade de executar jogos mais simples em resoluções limitadas.
2 de 5 GeForce GTX 750 TI oferece 2 GB de VRAM no padrão GDDR5 e interface de 128 bits com frequências de até 1.020 MHz — Foto: Reprodução/AmazonGeForce GTX 750 TI oferece 2 GB de VRAM no padrão GDDR5 e interface de 128 bits com frequências de até 1.020 MHz — Foto: Reprodução/Amazon
Afinal, dá para jogar com vídeo integrado?
Sim, é possível executar muitos jogos sem uma placa de vídeo dedicada, mas a experiência vai ser limitada pela capacidade de seu processador e pelo volume de RAM de seu PC. Sistemas com vídeo integrado UHD Graphics da Intel tendem a oferecer menos desempenho gráfico, enquanto chips com Intel Iris Plus podem entregar um desempenho gráfico mais interessante.
Já pelo lado da AMD, além de processadores com vídeo integrado AMD Vega, que oferecem um bom desempenho gráfico inclusive em jogos, existem ainda soluções conhecidas como APU. Esse tipo de tecnologia combina o processador a um chip gráfico com um pouco mais de performance que um chip integrado convencional.
Como mencionado, quando você utiliza o vídeo integrado para jogar, é interessante dedicar um pouco mais de RAM para o vídeo, o que por sua vez compromete seu volume de memória. Por isso, principalmente em sistemas nos quais é possível definir o volume de RAM a ser compartilhado com o vídeo, é interessante ter ao menos 8 GB.
3 de 5 Tecnologia Dual Channel permite extrair o máximo da memória RAM e da Placa-mãe — Foto: Reprodução/ Fix My PC FreeTecnologia Dual Channel permite extrair o máximo da memória RAM e da Placa-mãe — Foto: Reprodução/ Fix My PC Free
O que jogar no vídeo integrado?
Por ter um desempenho limitado, para o vídeo integrado, é interessante considerar jogos menos exigentes graficamente, ou mesmo títulos que não sejam lançamentos. Mesmo considerando essas limitações, contudo, existe uma grande oferta de jogos que podem ser executados sem uma placa de vídeo dedicada.
Games como Overcooked, Stardew Valley, Starcraft ou The Sims 3 são títulos que não exigem muito desempenho. Eles podem oferecer boas horas de gameplay mesmo para os usuários que não têm um computador muito potente.
Quando você joga sem uma placa de vídeo dedicada, é interessante ainda considerar rodar os games em uma resolução menor, como a de 1366 x 768 pixels. Essa é uma resolução muito comum em displays de notebooks comercializados no mercado brasileiro.
Em uma resolução menor, ainda é possível tentar executar alguns games competitivos como League of Legends, CS:GO, DOTA 2 ou Brawlhalla. Além disso, títulos como Cuphead e Bloons TD 6 também podem ser considerados, já que são jogos populares e relativamente leves.
4 de 5 Stardew Valley traz a paz na vida da fazenda para os games — Foto: Divulgação/ConcernedApeStardew Valley traz a paz na vida da fazenda para os games — Foto: Divulgação/ConcernedApe
Alternativas interessantes
Uma outra alternativa para quem não tem um PC ou notebook gamer é utilizar um serviço de streaming de jogos. Nele, o jogo é processado em um servidor online e seu PC ou notebook só precisa de acesso à internet para reproduzir as imagens.
No Brasil, dois serviços de streaming se destacam: o GeForce Now da Nvidia e o Xbox Cloud Gaming da Microsoft. O GeForce Now permite que você execute jogos de plataformas como Steam e Epic Games da sua biblioteca, ou mesmo títulos gratuitos, por meio de uma assinatura que custa a partir de R$ 44,99 por mês. Ao acessar o serviço, pela internet, um servidor executa o game e você recebe as imagens. Ou seja, ele roda com o melhor desempenho possível mesmo em uma máquina que não é capaz de executar os jogos nativamente.
Já o Xbox Cloud Gaming oferece uma biblioteca com centenas de jogos que já estão inclusos no serviço, e você só precisa arcar com o valor da assinatura, não precisando comprá-los. A única exigência do serviço, além da conexão de internet e assinatura, é a utilização de um controle para jogos, que não necessariamente precisa ser um controle de Xbox, mas precisa ser compatível com o seu PC.
O preço da assinatura mensal do serviço também é de R$ 45, e garante ainda acesso ao Game Pass para PC e para console, além de suporte ao serviço de streaming em dispositivos móveis.
5 de 5 Xbox Cloud Gaming usufrui dos servidores da Microsoft para entregar gameplay estável em jogos do primeiro Xbox até os exclusivos da nova geração — Foto: Divulgação/Microsoft GamingXbox Cloud Gaming usufrui dos servidores da Microsoft para entregar gameplay estável em jogos do primeiro Xbox até os exclusivos da nova geração — Foto: Divulgação/Microsoft Gaming
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