7 golpes comuns com bitcoins e outras criptomoedas; saiba se proteger

Por sua alta lucratividade, o mercado de criptomoedas é um alvo frequente de cibercriminosos. Os golpes aplicados nesse meio vão desde simples fraudes com phishing até esquemas de investimento complexos e bem elaborados. Segundo relatório da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), cerca de 46 mil pessoas denunciaram golpes com criptoativos apenas entre janeiro e junho de 2023. O prejuízo citado pelo estudo ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão. Os crimes ocorrem não apenas no exterior, mas também no Brasil.

Em 2022, uma quadrilha nacional causou R$ 4 bilhões em prejuízos para investidores. Entre as vítimas do golpe orquestrado pelo "Sheik dos Bitcoins" está Sasha Meneghel — filha da apresentadora Xuxa Meneghel —, que perdeu cerca de R$ 1,2 milhão no esquema de pirâmide financeira. A fraude envolvia também lavagem de dinheiro. A seguir, o 💥️TechTudo lista os sete golpes mais comuns com bitcoins e outras criptomoedas. Continue a leitura e saiba como se proteger.

    1 de 7 Lista reúne golpes comuns com bitcoins e criptomoedas; veja como se proteger — Foto: Divulgação/FISL

    Lista reúne golpes comuns com bitcoins e criptomoedas; veja como se proteger — Foto: Divulgação/FISL

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    1. Esquemas de investimento

    Esquemas de investimentos estão entre os principais golpes com criptomoedas. Essa fraude, também conhecida como "Pump and Dump" ("inflar e largar", em português), funciona da seguinte forma: os criminosos criam uma criptomoeda e investem em massa para que ela valorize repentinamente. O ativo é divulgado de diversas formas — por meio de grupos, servidores ou até mesmo no “boca a boca” — e, assim, atrai investidores curiosos com o bom desempenho da nova moeda. Após várias vítimas terem investido no criptoativo, os fraudadores vendem a moeda simultaneamente. Isso ocasiona uma rápida desvalorização da moeda e, consequentemente, um alto prejuízo para as vítimas.

    Esquemas de investimento estão entre os golpes mais comuns com criptomoedas — Foto: Reprodução/Gabriel Pereira 2 de 7 Esquemas de investimento estão entre os golpes mais comuns com criptomoedas — Foto: Reprodução/Gabriel Pereira

    Esquemas de investimento estão entre os golpes mais comuns com criptomoedas — Foto: Reprodução/Gabriel Pereira

    Para se prevenir, é importante checar o histórico da moeda antes de investir. É possível, em sites como o Coin Market Cap, ver os registros de um criptoativo desde sua criação. O comum é que as moedas digitais mais recentes possuam valores menores, geralmente entre centavos e frações de centavos. Se o ativo em questão apresentar um aumento repentino no valor, desconfie: pode se tratar de um golpe.

    2. Golpes com phishing

    Golpes de phishing usam páginas falsas para atrair a vítima e roubar informações pessoais e bancárias. No meio das criptomoedas, criminosos falsificam sites que comercializam ativos digitais, como o Opensea e a Binance, com o intuito de roubar carteiras virtuais, bitcoins e outras criptomoedas dos usuários. As imitações replicam o layout da página original com bastante realismo, sendo distinguíveis apenas por pequenos detalhes, como inconsistências na URL.

    Criminosos compartilham páginas falsas por vários meios; servidores de criptomoedas no Discord e mensagens diretas no e-mail destacam-se como as formas mais populares. Caso algum usuário tente efetuar a compra de um ativo por meio dos links fake, seus dados serão interceptados.

    Site falso se faz passar pelo conhecido marketplace OpenSea — Foto: Divulgação/ESET 3 de 7 Site falso se faz passar pelo conhecido marketplace OpenSea — Foto: Divulgação/ESET

    Site falso se faz passar pelo conhecido marketplace OpenSea — Foto: Divulgação/ESET

    Ter cuidado com links desconhecidos é o primeiro passo para evitar cair nesse tipo de golpe. É recomendado analisar a URL dos sites e verificar se o domínio está correto — muitas páginas fake costumam replicar caracteres (openseea.io em vez de opensea.io, por exemplo) ou utilizar terminações pouco usuais, como .net ou .biz, para confundir as vítimas.

    3. Apps falsos

    Semelhantes aos marketplaces fake, os aplicativos falsos são réplicas de aplicações oficias. Os fraudadores criam apps semelhantes a softwares confiáveis e os disponibilizam para download na Internet. Quando uma vítima efetua cadastro ou tenta fazer login na plataforma, seus dados são enviados diretamente para os criminosos — bem como os pagamentos realizados.

    Aplicativos como PicPay ou PayPal podem ser replicados — Foto: Getty Images/SOPA Images 4 de 7 Aplicativos como PicPay ou PayPal podem ser replicados — Foto: Getty Images/SOPA Images

    Aplicativos como PicPay ou PayPal podem ser replicados — Foto: Getty Images/SOPA Images

    Para se prevenir desse tipo de fraude, evite fazer o download de aplicativos de criptomoedas fora de lojas oficiais. Isso porque Google Play Store e a App Store têm controles de verificação rígidos que dificultam a disponibilização de aplicativos maliciosos ao catálogo, oferecendo segurança extra aos investidores.

    4. Sites que vendem bitcoins por preços mais baratos

    Cibercriminosos costumam oferecer bitcoins por preços mais baratos para direcionar as vítimas para sites falsos. Em geral, os fraudadores criam corretoras de criptomoedas com bitcoins abaixo do valor de mercado ou, até mesmo, com ofertas de moedas gratuitas para quem se cadastrar. Atraídas pelos preços baixos, as vítimas entram na plataforma e tentam comprar bitcoins pela corretora fake. Quando isso ocorre, o usuário pode ter seu dinheiro e sua carteira de bitcoins roubados.

    Ofertas de criptomoedas abaixo do valor comum atraem investidores — Foto: Unsplash 5 de 7 Ofertas de criptomoedas abaixo do valor comum atraem investidores — Foto: Unsplash

    Ofertas de criptomoedas abaixo do valor comum atraem investidores — Foto: Unsplash

    Para se proteger, uma boa dica é sempre optar por corretoras já consolidadas no mercado e desviar de ofertas que parecem boas demais para ser verdade. Desconfie de empresas que vendam criptomoedas por valores muito abaixo do mercado ou que prometem criptoativos gratuitos para quem se cadastrar.

    5. Sorteios em redes sociais

    Sorteios em redes sociais como o Instagram ou o Facebook também são formas comuns de atrair a atenção de investidores. Os fraudadores se aproveitam do engajamento de certos influenciadores e os pagam para divulgar uma "nova criptomoeda" por meio de um sorteio. Para participar, a vítima deve comprar a criptomoeda divulgada, enviar um pagamento em bitcoin ou se cadastrar em uma corretora. Os seguidores costumam confiar nos influenciadores e acabam cumprindo as exigências para participar da falsa promoção.

    Facebook, Instagram e Twitter são redes sociais comuns para aplicar golpes de sorteios de criptomoedas — Foto: Unsplash 6 de 7 Facebook, Instagram e Twitter são redes sociais comuns para aplicar golpes de sorteios de criptomoedas — Foto: Unsplash

    Facebook, Instagram e Twitter são redes sociais comuns para aplicar golpes de sorteios de criptomoedas — Foto: Unsplash

    Antes de enviar qualquer pagamento, lembre-se analisar com cautela as corretoras ou empresas que estão organizando o sorteio. Confiar apenas no influenciador não é uma atitude recomendada, já que, muitas vezes, nem eles sabem que se trata de um golpe.

    6. Golpes envolvendo falsidade ideológica

    Este é um dos golpes mais comuns no meio. Nele, criminosos utilizam a imagem de alguma entidade conhecida no mercado de criptomoedas para enganar os usuários e os incentivar a investir em uma moeda ou site falso. Um dos alvos mais comuns de roubos de identidade é o bilionário Elon Musk. Além de ser o homem mais rico do planeta, Musk também é um grande entusiasta de criptomoedas e, por isso, fraudadores constantemente usam sua imagem para divulgar projetos falsos.

    Um exemplo de crime ocorreu em maio deste ano, quando um vídeo produzido por softwares de deepfake circulou nas redes sociais. Nele, Musk supostamente incentivava as pessoas a investir em um projeto de criptomoedas.

    A engenharia social, vale dizer, também é usada nesse tipo de fraude. Em alguns casos, os golpistas criam perfis falsos em aplicativos e sites de relacionamento para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e, por fim, convencê-la a fazer investimentos em criptomoedas.

    7. Carteiras e trocas de moeda falsas

    Carteiras falsas são semelhantes aos aplicativos fake de pagamento abordados mais acima. Os fraudadores desenvolvem carteiras virtuais fraudulentas capazes de roubar as criptomoedas no momento em que o usuário realiza um depósito ou tenta realizar uma troca. Em geral, os criminosos prometem bitcoins com valores até 5% mais baixos que os de mercado e exigem um investimento inicial no momento do cadastro.

    É importante verificar a veracidade da carteira virtual ou da criptomoeda utilizada — Foto: Pixabay 7 de 7 É importante verificar a veracidade da carteira virtual ou da criptomoeda utilizada — Foto: Pixabay

    É importante verificar a veracidade da carteira virtual ou da criptomoeda utilizada — Foto: Pixabay

    Para evitar esse tipo de golpe, opte sempre por carteiras populares ou já conhecidas no mercado. Investir em carteiras pouco populares é um risco, visto que a falta de referências aumenta a probabilidade de cair em fraudes.

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