Meta Quest Pro: testamos o mais avançado headset VR da Meta

Meta Quest Pro é o nome do mais avançado headset de realidade virtual da Meta, empresa que controla o Facebook. O equipamento, que faz parte das iniciativas da companhia voltadas para o metaverso, foi anunciado em outubro de 2022 como um sucessor do Quest 2, de 2023. Ele consegue identificar movimentos faciais e oculares, e possui áudio 360 para aumentar a sensação de imersão.

Sem previsão de chegada ao Brasil, o Quest Pro é vendido no exterior por US$ 1.499, o equivalente a pouco mais de R$ 7.800, sem considerar custos de importação e impostos. Durante a CES 2023, em Las Vegas, tive a oportunidade de conhecer os óculos VR da Meta e experimentar alguns aplicativos no equipamento. Conto a seguir minha experiência.

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Meta Quest Pro, headset VR da Meta, na CES 2023 — Foto: Rubens Achilles/TechTudo 1 de 5 Meta Quest Pro, headset VR da Meta, na CES 2023 — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

Meta Quest Pro, headset VR da Meta, na CES 2023 — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

Quando cheguei à sala de reuniões da Meta, me contaram um pouco sobre o Quest Pro e como ele pode ajudar criadores de conteúdo e outros profissionais. Então coloquei o headset e os dois controles nas mãos. No mundo real, eu estava dentro de uma sala com uma mesa e algumas poltronas. Dentro da realidade virtual, havia algumas barreiras transparentes para impor uma espécie de limite, evitando o contato com objetos externos.

Diferentemente do Quest 2, a versão Pro trabalha mais com realidade mista, em que é possível visualizar o mundo exterior através e em volta do headset. Caso deseje, o usuário pode comprar separadamente uma peça para tampar a visão periférica e garantir maior imersão. Todos os apps das versões anteriores são compatíveis. Na demonstração a que tive acesso, foram exibidas algumas das diferenças entre as gerações.

Controles do Meta Quest Pro, headset VR da Meta — Foto: Rubens Achilles/TechTudo 2 de 5 Controles do Meta Quest Pro, headset VR da Meta — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

Controles do Meta Quest Pro, headset VR da Meta — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

O primeiro aplicativo que usei foi uma espécie de jogo chamado "The World Beyond". Meu objetivo era encontrar uma pequena criatura alienígena e alimentá-la com bolinhas azuis. Com o controle remoto da mão direita, eu utilizava um laser para coletar as tais bolinhas e entregar ao animal. Ele fugia, mas era possível localizá-lo seguindo seu som. O áudio 360 aqui funcionou muito bem.

Também era possível interagir com a criatura de outras formas. Alguns comandos em inglês como "oi" ou "pule" geravam reações com atraso de alguns segundos, necessários para processar os pedidos. Além disso, pude fazer "carinho" no animal. Eu não senti nada, obviamente, mas a resposta foi em tempo real.

Depois, passamos para uma demonstração dos sensores faciais do Quest Pro. Um app chamado "Aura" exibia um avatar genérico na minha frente (igual ao da imagem abaixo), que replicava os movimentos do meu rosto em tempo real. A latência é praticamente imperceptível. Olhos, bochechas, boca, nariz: quase todos os pequenos gestos foram copiados pelo avatar.

O recurso é particularmente interessante para o metaverso. A ideia de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, é que o usuário tenha a sensação de estar realmente na companhia das outras pessoas. Embora isso não tenha feito parte da demonstração, uma reunião com várias pessoas pode contar com o áudio espacial para localizar os indivíduos dentro da sala. Além disso, se uma pessoa sussurrar para outra, do outro lado do ambiente, eu não vou ouvir.

Avatar reproduz movimentos do rosto e dos braços no Quest Pro — Foto: Reprodução/Meta 3 de 5 Avatar reproduz movimentos do rosto e dos braços no Quest Pro — Foto: Reprodução/Meta

Avatar reproduz movimentos do rosto e dos braços no Quest Pro — Foto: Reprodução/Meta

O último e talvez mais interessante app a que tive acesso foi o "Arkio". Foram exibidos alguns exemplos de projetos de design de ambientes, em que eu podia visualizar um prédio do alto, de forma mais ampla, ou dar zoom até o tamanho real, permitindo que eu me "teletransportasse" para o local.

O objetivo aqui é que profissionais de design, arquitetura e afins possam trabalhar em projetos remotamente, e visualizar o resultado no tamanho real. Dentro de um ambiente, é possível adicionar ou apagar móveis e cadeiras, pintar a parede, mover objetos etc.

App permite trabalhar em projetos 3D no Quest Pro — Foto: Reprodução/Meta 4 de 5 App permite trabalhar em projetos 3D no Quest Pro — Foto: Reprodução/Meta

App permite trabalhar em projetos 3D no Quest Pro — Foto: Reprodução/Meta

O zoom é feito utilizando as duas mãos, cada uma apertando um botão em um dos controles e fazendo o gesto de pinça. Um outro botão permite o tal "teletransporte" para um local do projeto. Na minha experiência, este foi o grande gargalo. Em alguns momentos, o zoom não funcionou corretamente e a função de ir até o local apresentou algumas falhas. Mesmo assim, a experiência como um todo é bastante fluida e agradável.

Vale a pena adquirir o Meta Quest Pro?

A resposta aqui depende. O Quest Pro é voltado para criadores e profissionais, mas pode ser adquirido por qualquer um (no mercado internacional). Há vários apps e jogos disponíveis para os headsets da Meta, todos compatíveis com o modelo Pro. O custo é bem elevado na comparação com o antecessor Quest 2 ou óculos de outras fabricantes.

Se você está disposto a investir quase R$ 8.000 num produto como este, além dos custos de importação e impostos, o Quest Pro é muito interessante. Mas vale observar outras opções menos "profissionais" se o seu objetivo é fazer um uso mais recreativo.

Meta Quest Pro acompanha controles e base carregadora — Foto: Rubens Achilles/TechTudo 5 de 5 Meta Quest Pro acompanha controles e base carregadora — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

Meta Quest Pro acompanha controles e base carregadora — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

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