Alemanha: Suspeito da morte de Maddie McCann pode ficar hoje a conhecer veredicto no caso em que é acusado de cinco crimes sexua
O veredicto no julgamento de Christian Brueckner, suspeito do rapto e morte de Madeleine McCann, é aguardado para hoje, terça-feira, no Tribunal Regional de Braunschweig, na Alemanha. Brueckner, de 47 anos, está a ser julgado por cinco crimes sexuais cometidos entre 2000 e 2017 em Portugal, incluindo três alegadas violações e dois abusos sexuais de menores, enquanto as investigações sobre o seu envolvimento no desaparecimento da menina britânica prosseguem.
As alegações finais no processo, que começou em fevereiro deste ano, foram apresentadas ontem. O advogado de defesa, Friedrich Fülscher, pediu a absolvição total de Brueckner, alegando falta de provas suficientes que sustentem as acusações. “Nunca houve suspeitas suficientes contra o meu cliente”, afirmou Fülscher, criticando duramente o testemunho da principal testemunha da acusação, Helge Busching. Segundo a defesa, Busching, que alegou ter visto vídeos de Brueckner a violar duas mulheres e denunciou o seu alegado envolvimento no caso Madeleine, seria um “mentiroso” e “alguém que busca protagonismo”. Fülscher declarou ainda que “não há qualquer evidência que apoie o que ele disse” e acusou o Ministério Público de se deixar enganar pela testemunha.
Durante o julgamento, que durou oito meses, Brueckner manteve-se em silêncio, sem prestar qualquer declaração em sua defesa. Ontem, quando questionado pela juíza Ute Engemann se desejava dizer algo antes do veredicto, respondeu apenas: “Não, não quero”.
Os procuradores, por sua vez, pediram que Brueckner fosse condenado a 15 anos de prisão pelos dois casos de violação e dois de abuso sexual de menores. Também defenderam que, após cumprir a pena, o suspeito deveria ser mantido em prisão preventiva devido ao seu risco para a sociedade. No entanto, a acusação pediu a absolvição de uma terceira acusação de violação, uma decisão tomada após avaliação da insuficiência de provas.
O procurador Ute Lindemann sublinhou a gravidade dos crimes cometidos em Portugal, referindo-se à brutalidade dos atos de Brueckner e à necessidade de garantir a segurança pública, mantendo-o sob custódia mesmo após cumprir a pena. A defesa, no entanto, argumentou que o julgamento nunca deveria ter ocorrido, considerando que, se fosse outra pessoa, o caso nem teria chegado a tribunal. Fülscher destacou ainda que o mediatismo à volta do caso Madeleine McCann influenciou negativamente o processo, chamando o trabalho policial de “amador” e a investigação de “chocante” devido à sua falta de rigor.
Christian Brueckner, que já cumpre uma pena de sete anos de prisão por ter violado uma idosa americana no Algarve, em 2005, é o principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, ocorrido em maio de 2007, na Praia da Luz, Algarve. A investigação sobre o caso Madeleine, que continua a atrair atenção mundial, tem sido apontada pela defesa como uma sombra que pesa sobre o julgamento atual. A defesa acusou os procuradores de tentarem manipular a opinião pública, afirmando que o interesse global no desaparecimento de Madeleine afetou a imparcialidade do processo.
A juíza Ute Engemann, que preside ao caso, deverá anunciar o veredicto esta manhã. Caso Brueckner seja absolvido das acusações, poderá ser libertado no próximo ano, um cenário que preocupa as autoridades que continuam a investigar o seu alegado envolvimento no desaparecimento de Madeleine McCann. A libertação de Brueckner aumentaria a pressão sobre os investigadores, que ainda não conseguiram apresentar provas conclusivas ligando-o ao desaparecimento da criança.
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