Lula diz que Forças Armadas não devem atuar em nome de ideologia ou pretensões políticas

O presidente Lula (PT) afirmou, nesta quarta-feira (28), que a verdadeira missão das Forças Armadas é garantir a ordem e não atuar em nome de uma ideologia ou de pretensões políticas.

A fala aconteceu em evento com militares para celebrar os 25 anos da criação do Ministério da Defesa no Clube do Exército, em Brasília. Lula também exaltou o seu ministro da Defesa, José Mucio. Disse que a história o reconhecerá como o "maior ministro da Defesa" do país.

Além da data comemorativa, o evento também foi marcado pelo anúncio oficial da permissão inédita para mulheres se alistarem no serviço militar. Segundo o Ministério da Defesa, serão oferecidas inicialmente 1.500 vagas.

Ao exaltar a medida, Lula disse em seu discurso que "lugar de mulher é onde ela quiser". Ele estava acompanhado da primeira-dama, Janja, que não costuma participar das cerimônias das Forças Armadas em Brasília.

"Celebramos a verdadeira missão das Forças Armadas, que é de servir a nação brasileira, garantir a ordem, não em nome de uma ideologia ou a serviço de pretensões políticas individuais, mas em nome acima de tudo da soberania de um país e da proteção do povo brasileiro", afirmou o presidente.

Ele também elogiou o trabalho das Forças Armadas no resgate nas enchentes do Rio Grande do Sul, no apoio ao combate às queimadas e no combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

Ao final do discurso, o petista se dirigiu a Mucio e afirmou que "haverá um momento em que a história o reconhecerá como o maior ministro da Defesa do nosso país".

Múcio foi escolhido para o cargo para servir como um interlocutor com as Forças Armadas, após a aproximação dos militares com o antecessor Jair Bolsonaro (PL).

Por outro lado, também foi alvo de críticas do PT e alguns aliados por sua postura após os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Nesta quarta-feira (28), o ministro comentou a abertura de inquérito no Exército para investigar quatro militares autores de uma carta, de 2022, que pressionava o comando da Força a dar um golpe contra a eleição de Lula.

Mucio afirmou que a abertura da apuração, com a prévia identificação do autores, mostra que o Exército não promove impunidade.

"Significa dizer que não é porque tem alta patente que está livre das obrigações das Forças Armadas. Foram militares de alta patente que resolveram estimular um fracionamento do bom equilíbrio do Exército, desestimulando o trabalho do general", declarou.

O ministro disse ainda que as "Forças Armadas, para serem fortes, não podem trabalhar sob a aura da suspeição".

Apesar de Mucio ter destravado resistência recíproca de Lula e militares, o presidente costuma citar o período de alinhamento das Forças com o governo de Jair Bolsonaro (PL) para dar recados sobre os perigos da politização dos quarteis.

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