Covid-19: Quais as novas variantes dominantes em Portugal e como travar a sua disseminação? & Executive Digest

Desde o início da pandemia de covid-19, termos científicos como “variantes do SARS-CoV-2” tornaram-se parte do vocabulário comum, ocupando as manchetes dos jornais e despertando o interesse do público. A Organização Mundial da Saúde (OMS) introduziu a prática de nomear estas variantes com letras do alfabeto grego – como Alfa, Beta, e Gama – numa tentativa de facilitar a comunicação e evitar a estigmatização dos países onde essas variantes foram inicialmente detectadas. Entre as várias mutações, a linhagem BA.2 da variante Ómicron tornou-se uma das mais predominantes em Portugal.

Fique a conhecer abaixo, no artigo da Deco/Proteste, quais as novas variantes que dominam no nosso País, e como travar a sua disseminação:

Como surgem e se detetam as variantes do SARS-CoV-2?

Os coronavírus (CoV) constituem uma grande família de vírus com o potencial de causar doenças respiratórias, que podem ir desde uma simples constipação a situações mais graves como a síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS-CoV) e a síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV). Trata-se de doenças zoonóticas, ou seja, transmissíveis entre animais e pessoas. O SARS-CoV-2 (que provoca a covid-19) é uma 💥️nova estirpe que nunca tinha sido anteriormente identificada nos seres humanos. As novas variantes que se têm observado ao nível mundial são mutações do SARS-CoV-2.

As 💥️mutações dos vírus são comuns, em particular nos vírus de RNA – que têm ácido ribonucleico como material genético (como os coronavírus) –, e a maioria não tem impacto significativo. Contudo, algumas mutações podem proporcionar ao vírus uma vantagem em relação aos outros vírus que não sofreram essa mutação, tal como uma 💥️maior transmissibilidade. São estas mutações que geram preocupação e precisam de ser acompanhadas de perto. Além disso, quanto maior a transmissibilidade e a circulação do vírus, maior é a probabilidade de ocorrerem novas mutações.

💥️Sequenciar o genoma de um vírus ajuda a entender o percurso da transmissão e o tempo em que ele está presente em determinada região ou país. Obter a sequenciação do genoma do SARS-CoV-2 – tarefa que em Portugal é assegurada por um programa do 💥️Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, com a colaboração do 💥️Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) – é essencial para o rápido rastreio dos vírus em circulação e a única forma de descobrir novas variantes, ajustar estratégias no sentido de tentar travar a disseminação do vírus e conter cadeias de transmissão das variantes de maior preocupação.

Covid-19: qual a variante dominante em Portugal?

Desde outubro do ano passado que a linhagem BA.2 da Ómicron (e suas descendentes) se tornou dominante no País. Circula maioritariamente na sua sublinhagem JN.1 e descendentes. Entre as últimas, destaca-se o considerável aumento de circulação da sublinhagem KP.3, que representou 80,7% das sequências analisadas entre 8 de julho e 4 de agosto deste ano. A sub-linhagem KP.3, bem como outras sublinhagens em circulação (por exemplo, KP.1 e KP.2), inclui-se na lista de variantes sob monitorização pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês).

A multiplicação de novas variantes do SARS-CoV-2 pelo mundo tem levantado dúvidas sobre se estas mutações poderão não só ser mais contagiosas como provocar doença severa e também afetar a eficácia das vacinas.

Como travar a disseminação das novas variantes?

É importante reforçar medidas para evitar a disseminação e fazer o controlo da transmissão da doença, tais como:

💥️usar máscara se estiver infetado;promover a 💥️boa higiene das mãos (lavagem frequente com água e sabão ou, na falta desta, 💥️desinfeção com solução hidroalcoólica) e a 💥️etiqueta respiratória (uso de máscara facial, tossir para o braço, etc.);manter os 💥️espaços arejados, preferencialmente através de ventilação natural, procedendo à abertura de portas e/ou janelas.

Também a 💥️vacinação contra a covid-19 continua a ser uma arma importante para combater o contágio, provada que está a redução da transmissibilidade e o risco de doença grave contra a maioria das variantes em circulação.

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