Seis suspeitos por incêndios são detidos e secretário da Agricultura fala em ação criminosa

Os incêndios que atingiram a agricultura do estado de São Paulo, especialmente canaviais na última semana, foram considerados de origem criminosa pelo secretário de Agricultura paulista, Guilherme Piai, em fala durante evento na capital nesta terça-feira (27).

Segundo ele, as queimadas geraram "prejuízos bilionários para o agronegócio de São Paulo", enquanto apenas o setor de cana-de-açúcar perdeu R$ 400 milhões, disse ele, durante evento da Anda (Associação Nacional de Difusão de Adubos).

A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) contabilizava até a tarde desta terça a identificação e detenção de seis homens responsáveis por atear fogo em vegetação no estado, mas não fala em ação articulada entre os casos. Um dos suspeitos disse pertencer a uma fação criminosa. A declaração é investigada.

Durante discurso, o secretário qualificou os incêndios ocorridos na semana passada como "criminosos" e acrescentou que a polícia prendeu um quinto suspeito de estar envolvido nos crimes. A prisão aconteceu em São José do Rio Preto, segundo ele. Na tarde desta terça, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo atualizou para seis o número de pessoas identificadas e detidas por queimadas criminosas.

Piai disse que o governo paulista vai liberar crédito para pequenos produtores afetados e para os que tiveram moradia incendiada. O secretário contabilizou 150 municípios afetados.

Presente no evento, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse na abertura do evento que a situação gerada pelas queimadas "é terrível".

"Esperamos que as investigações busquem todos os autores desses crimes, e que sejam punidos com vigor", afirmou.

Ele disse que o governo federal está aberto a construir proposta de financiamentos com taxas adequadas para auxiliar o recomeço dos produtores atingidos pelas queimadas.

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