Em 1ª entrevista, Kamala diz que concorre independentemente de gênero e raça

Em sua primeira entrevista à imprensa após tornar-se candidata à Presidência, Kamala Harris disse que está concorrendo porque acredita ser a melhor pessoa para o cargo, independentemente de seu gênero e raça, mas foi evasiva sobre propostas concretas.

A ausência de referências ao fato de ser potencialmente a primeira mulher negra e de ascendência indiana na Casa Branca já havia sido observada em seu discurso na convenção democrata, na semana passada. Ao ser questionada sobre o significado dessas características, Kamala manteve a estratégia de se manter longe desses tópicos.

Ao mesmo tempo, ao comentar a foto icônica em que uma de suas sobrinhas a assiste falando no palco, a democrata disse que é uma honra e que ficou profundamente emcionada pela cena.

Na entrevista à CNN, gravada no início da tarde desta quinta (29), a vice-presidente também foi perguntada sobre as acusações feitas por Donald Trump de que ela teria "se tornado negra" por oportunismo recentemente.

"É aquela velha tática", respondeu a democrata. "Próxima pergunta, por favor."

Havia grande expectativa sobre o desempenho de Kamala, dado que seu histórico com entrevistas à imprensa é problemático –performances ruins impactaram sua imagem nas primárias em 2023 e durante o início de sua vice-presidência.

A campanha de Trump vinha criticando-a pesadamente pela distância da imprensa, e o empresário chegou a dizer que a democrata é incompetente demais para lidar com jornalistas.

Nesta quinta, Kamala mostrou-se mais tranquila e preparada, mas também deu respostas genéricas e, mesmo pressionada pela repórter Dana Bash, não disse concretamente o que pretende fazer no primeiro dia de seu governo, se eleita.

"No primeiro dia, vai ser sobre implementar meu plano para o que chamo de uma economia de oportunidades", afirmou. "Já apresentei várias propostas a esse respeito, que incluem o que faremos para reduzir o custo dos bens do dia a dia, o que faremos para investir nas pequenas empresas americanas e o que faremos para investir nas famílias", completou, referindo-se às únicas medidas detalhadas divulgadas por sua campanha até agora.

Questionada sobre a insatisfação com a economia entre os americanos –motivada principalmente pela disparada da inflação sob Joe Biden–, Kamala defendeu o governo do presidente, culpando Trump pela herança maldita.

A vice-presidente também se defendeu das críticas às suas mudanças de posição em comparação com a sua campanha em 2023, quando defendeu bandeiras mais à esquerda do que as que sustentou ao longo da vice-presidência e na sua disputa atual pela Casa Branca.

"Meus valores não mudaram. Essa é a realidade. E após quatro anos como vice-presidente, digo que um dos aspectos, para seu ponto de vista, é viajar extensivamente pelo país," disse a democrata em entrevista à CNN gravada no início da tarde desta quinta (29) em Savannah, na Geórgia, ao lado do candidato à vice Tim Walz.

"Acredito que é importante construir consenso, e é importante encontrar um ponto comum de entendimento onde possamos realmente resolver problemas", completou.

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