É vital que Brasil cobre respeito ao povo da Venezuela, diz senador dos EUA

O senador Ben Cardin, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado americano, classificou as eleições venezuelanas como uma fraude e afirmou que o Brasil desempenha um papel vital para resolver a crise no país.

"A voz do povo foi muito clara, e o regime de Nicolás Maduro perdeu. Nós estamos exigindo a divulgação de toda documentação que reflita isso. Achamos que o Brasil desempenha um papel extremamente importante nisso", disse à 💥️Folha nesta quinta-feira (22), durante a convenção democrata, em Chicago.

"Na nossa visão, o Brasil, particularmente, desempenha um papel muito vital de expressar o fato de que as necessidades do povo da Venezuela precisam ser respeitadas, e que os resultados da eleição foram claros."

Cardin fez uma turnê no início de julho pela América Latina, com visitas ao Brasil, Argentina e Guatemala. No final do mês, divulgou um comunicado afirmando ser crítico que "todos os atores democráticos do hemisfério, especificamente Brasil e Colômbia, insistam inequivocamente e publicamente na divulgação honesta dos resultados eleitorais".

A posição oscilante do presidente Lula (PT) na crise política do país vizinho vem sendo alvo de críticas. Inicialmente, o brasileiro afirmou que não houve nada de anormal no pleito, e que as divergências deveriam ser resolvidas pela Justiça. Recentemente, porém, ele afirmou que se trata de um "regime muito desagradável" e com "viés autoritário".

Em parceria com a Colômbia e o México, o petista buscou mediar uma solução, sem sucesso até agora. O México recentemente abandonou a iniciativa, e as duas propostas aventadas por quem sobrou do grupo –organizar novas eleições ou formar um governo de coalizão– foram rechaçadas tanto por Maduro como pela oposição.

De Washington, a correspondente da Folha informa o que importa sobre a eleição dos EUA

Os EUA desde o início afirmaram haver sinais de problemas no pleito e cobraram a divulgação das atas oficiais como forma de comprovar a vitória de Maduro. O país, no entanto, também teve uma postura oscilante: o secretário de Estado, Antony Blinken, chegou a emitir um comunicado reconhecendo a vitória do candidato da oposição, Edmundo González.

Depois, porém, diplomatas americanos recuaram, negando-se a dizer que Washington reconhece González como vencedor, limitando-se a dizer que os dados a que tiveram acesso confirmam a derrota de Maduro.

Outra confusão ocorreu com o presidente Joe Biden. Ao ser questionado se apoiava a proposta brasileira de organizar novas eleições, o democrata respondeu que sim, mas pouco depois a secretaria de imprensa da Casa Branca disse que ele não havia entendido a pergunta e se referia a outra coisa.

Nesta quinta, o Supremo da Venezuela, chavista, chancelou a contestada reeleição de Maduro.

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