Silvio Santos desempenhou, indiretamente, papel de babá para várias gerações

Desde que Silvio Santos morreu, no sábado (17), parece que estamos nos anos 1990, já que tudo que passa na televisão, desde então, são retrospectivas dos programas de auditório do Patrão. Nessa época, eu mesma cheguei a me sentir uma "colega de trabalho".

Esse período remete a uma época em que a maternidade era compartilhada com a televisão, que hipnotizava as crianças e os adolescentes com sua programação infantojuvenil, que ia de desenhos clássicos a novelas mexicanas.

Mas o que mais me marcou na infância e adolescência, além do famoso "má ôeeee" dominical, eram os programas ao longo da semana. Como minha mãe trabalhava muito, inclusive aos fins de semana, a TV era uma companheira.

O dono do SBT, indiretamente, era como se fosse uma babá de várias gerações ao entreter um público juvenil com a programação que ele escolhia a dedo, numa era distante, em que não havia streaming.

O que tinha para assistir era o que passava naquele horário e ponto. De manhã, eu via a desenhos. Na hora do almoço, esperava ansiosa pelo "Chapolin", seguido da turma do "Chaves".

Outra paixão (obsessiva) que o Homem do Baú me proporcionou foi a novela mexicana "Carrossel" (1991-92), mais pro fim da tarde. Lembro-me de a professora Helena (Gabriela Rivero) chegar ao Brasil e ser recebida pelo então presidente, Fernando Collor de Mello, em 1991, tamanho o sucesso da trama mexicana.

Eu me divertia muito, também, com o quadro Prova do Foguetinho, quando um jovem sentava numa cabine com um fone que abafava o som externo e ele tinha que dizer "sim" ou não" para alguma proposta apresentada por Silvio quando a luz vermelha acendesse.

Era hilário quando o convidado trocava um prêmio bacana, como uma bicicleta turbinada, por um cacareco qualquer, como uma caixinha de fósforo. Aí torcíamos para o participante recuperar a prenda.

Porta da Esperança também me marcou muito, pois sempre ficava aguardando aquela porta abrir para realizar o sonho de alguém. Às vezes, ela abria e não tinha nada do outro lado, bem frustrante. Programas de namoro também eram hipnotizantes.

E o Bozo! Era uma paixão arrebatadora. Uma vez eu estava na plateia do programa do palhaço, bem criança ainda, e dei uma bitoca no nariz do Luís Ricardo caracterizado. E quem lembra do telefone para participar dos quadros? 236-0873.

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