Único candidato a unir PT e PL em capitais aguarda Lula e rejeita Bolsonaro

Duarte Júnior e Lula

Duarte Júnior e Lula Imagem: Ricardo Stuckert/Divulgação

Duarte Júnior (PSB) conseguiu algo raro na política brasileira: uniu o PT e o PL em torno de sua candidatura à Prefeitura de São Luís (MA). Ao todo, a composição conta com 12 partidos, entre esquerda e direita, com apoio do governador Carlos Brandão (PSB), sucessor de Flávio Dino — hoje ministro do STF.

Apesar de ser integrar um partido de esquerda — e de ser um aliado antigo de Dino e ter integrado seu governo —, Duarte mantém boas relações com políticos de diferentes partidos. Como vice ele terá a quilombola Creuzamar de Pinho (PT). No palanque, deixa claro que quer apenas um deles.

Eu tenho apoio do PL, mas minha parceria é com o presidente Lula. Ontem [quarta-feira] conversei com ele, que confirmou presença aqui em setembro.
💥️Duarte Júnior

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Sobre Bolsonaro, é direto: "Não pretendo ter o apoio dele". "Não é questão de gostar e não gostar, eu quero parcerias que possam desenvolver nossa cidade, que vive problemas que só pioram e aumentam", completa.

Sobre a união de espectros tão distantes, diz que se trata de um "interesse em comum".

Os problemas que São Luís tem e precisa resolver são maiores que qualquer diferença partidária. Por isso conseguimos conversar com ideologias diferentes.
💥️Duarte Júnior

Diante do cenário, Bolsonaro não vai apoiar em São Luís o candidato do seu partido, mas sim o deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB), um político que sempre esteve em partidos de centro e esquerda, mas esse ano deixou o PSB — do grupo de Dino — e virou bolsonarista.

Yglésio começou sua carreira política no PT, onde ficou de 2011 a 2017. Em julho, recebeu apoio e gravou um vídeo com o ex-presidente após receber a medalha de "imbrochável, imorrível, incomível".

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"Lógica no Maranhão sempre foi da união"

Segundo o cientista político Wagner Cabral, da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), a união de PT e PL tem relação com a história da política maranhense, que sempre foi de aglutinar grandes grupos em torno do poder.

O governo Flávio Dino foi um período em que ele tentou colocar no governo os mais amplos setores possíveis, inclusive da direita, inclusive do bolsonarismo, como liderança religiosa.
💥️Wagner Cabral

Nesse caso, Cabral lembra que a relação de Duarte com o PL local é antiga. Em 2023, ele foi um dos candidatos do grupo de Flávio Dino — que por ser muito amplo acabou se dividindo em várias candidaturas. Ele inclusive deixou o PCdoB para disputar a vaga, já que os membros locais do partido lançaram Rubens Júnior na ocasião.

Duarte Júnior e Flávio Dino, ministro do STF

Duarte Júnior e Flávio Dino, ministro do STF Imagem: Reprodução/X

Duarte, porém, saiu-se como "vencedor" entre os aliados, foi para o segundo turno, ganhou apoio de praticamente todos os partidos aliados, mas perdeu a eleição para o atual prefeito e candidato à reeleição Eduardo Braide (PSD).

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Duarte se viabilizou à época pelo Republicanos, em uma aliança com PL, ou seja, ele já tinha essa relação com compartidos. Foram cinco candidatos da base do governo de Dino em 2023.
💥️Wagner Cabral

Duarte deixou o Republicanos, entrou no PSB de Dino e acabou sendo eleito deputado federal em 2022. " A lógica de conciliação aqui sempre foi a marca do Sarney: permaneceu com Flávio e permanece agora com o Brandão", finaliza Wagner.

Reportagem

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