Governo alarga terrenos para novo hospital de Lisboa: Câmara encaixa de 4,7 milhões.pt - Última

Na quarta-feira à noite, no seu discurso na Festa do Pontal, Luís Montenegro deixou três compromissos na área da Saúde: “fazer tudo” para que sejam criados novos cursos de Medicina em Vila Real e em Évora, “resolver de vez a criação do novo hospital central do Algarve” e avançar com a construção do novo hospital de Lisboa. Há cerca de 40 anos que este novo hospital é uma promessa e desde 2008 que é considerado prioritário, já teve

Dois dias depois do discurso do Pontal, foi publicado um despacho que alarga o espaço para esse novo hospital que deve ser construído na zona de Lisboa oriental, em terrenos da zona dos Olivais. O negócio estava pendente desde 2017 vai render mais de 4,7 milhões de euros à Câmara Municipal de Lisboa, que já encaixou 13 milhões com a cedência de terrenos em 2007.

No despacho, lembra-se que em dezembro de 2007, foi celebrado o Acordo entre o Ministério da Saúde e o Município de Lisboa para o lançamento do futuro Hospital de Lisboa Oriental, tendo sido, então, autorizada a aquisição de 13 parcelas de terreno pertencentes à Câmara de Lisboa, com a área total de 100 561 m2 .

A escritura desses terrenos foi feita em 2010 e o negócio rendeu à CML € 13 394 725,20. Contudo, “verificou-se que o terreno não era suficiente para implementar o futuro Hospital”, pelo que, em setembro de 2017, “o município decidiu alienar a favor do Ministério da Saúde cinco parcelas de terreno, podendo ser autorizada a alienação de um acréscimo de 10 % das respetivas áreas”. É esse aumento que, sete anos depois, poderá ser concretizado com o despacho assinado pelo primeiro-ministro e agora publicado, que lista as parcelas que no seu conjunto acrescentam 28 milm2 ao terreno para o hospital que tarda em nascer.

O Hospital de Lisboa Oriental - eventualmente Hospital de Todos os Santos, numa referência ao hospital que havia no Rossio e que ruiu no Terramoto de 1755 - deve substituir várias instalações hospitalares da cidade, todas elas com problemas de espaço e alojadas em edifícios antigos: os hospitais de S. José, Santa Marta, Dona Estefânia, Curry Cabral e Capuchos e a Maternidade Alfredo da Costa.

A construção deste hospital é um dos assuntos que fez parte da chamada “pasta de transição” que António Costa entregou a Luís Montenegro na sequência das eleições de março deste ano. A obra já está adjudicada à Mota Engil, que será responsável pela construção e manutenção da estrutura até 2035.

Em 2008, o então primeiro-ministro José Sócrates lançou um concurso público, que foi ganho pelo consórcio Salveo (composto pelas empresas Soares da Costa, MSF e Alves Ribeiro) e até fez um evento de lançamento de primeiro pedra. Mas em 2013 o concurso foi anulado, Na altura, o custo previsto era de 600 milhões de euros. Em 2022, a Mota Engil ganhou o concurso para a construção em regime de parceria público-privada com um investimento previsto de 380 milhões.

O contrato de adjudicação foi assinado ainda pelo Governo de António Costa, em fevereiro deste ano e, agora, Montenegro autoriza a despesa para aumentar a área de construção do hospital que, a cumprir-se os prazos, deverá abrir em 2027.

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