Promotoria denuncia GCMs suspeitos de tráfico de armas e milícia no centro de SP

Quatro guardas-civis metropolitanos (GCMs) foram denunciados nesta quinta (15) por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo sob acusação de formação de uma milícia na região central da capital.

O grupo é suspeito de vender serviços de proteção ilegal para comerciantes do entorno da cracolândia. Um deles chegou a movimentar R$ 4 milhões entre 2023 e 2024, segundo relatório de inteligência produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) a pedido do Gaeco. Eles são acusados dos crimes de constituição de milícia privada, concussão (exigência de vantagem indevida em razão de sua função) e lavagem de dinheiro.

Outros cinco homens, entre eles três GCMs, também foram denunciados pelo Gaeco, acusados de formar uma organização criminosa de comércio ilegal de armas pesadas e de munições também no centro de São Paulo. Os crimes citados são de organização criminosa, comércio ilegal de armas de fogo e falsificação de produtos para fins medicinais, pois as investigações apontaram para a venda de Citotec, remédio usado para aborto.

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Todos eles foram presos no âmbito da Operação Salus et Dignitas (saúde e dignidade, em latim), deflagrada na semana passada e que teve a participação das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, além do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Receita Federal e estadual, Anatel (Agência Nacional de Telefonia) e órgãos de assistência social do governo paulista e da prefeitura.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos acusados.

O objetivo da operação era instituir um novo modelo de intervenção, que abarca um ecossistema de atividades ilícitas na região central de São Paulo para romper com o monopólio do PCC sobre esse território.

As investigações revelaram que a região, marcada pela cena aberta de uso de drogas na cracolândia, vive uma interconexão de delitos, entre corrupção ativa e passiva, venda ilegal de armas, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, exploração sexual, receptação de roubos e furtos e trabalho em condições análogas à escravidão.

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