Baratas e porcos ganham ares de fofura em novos livros de autoras brasileiras

Quando falamos de bicho, o universo dos livros para crianças às vezes parece uma fazendinha só com cachorros fofos, gatinhos felpudos, oncinhas-pintadas, zebrinhas listradas e coelhinhos peludos. Mas é só a aparência.

A história da literatura infantojuvenil é formada também por toda uma fauna de animais vistos como sujos, perigosos, nojentos e marginais pelo senso comum. São ratos, porcos, baratas, aranhas e outras espécies que geralmente acabam se mostrando personagens para lá de interessantes, já que são capazes de produzir um dos efeitos literários mais eficazes —a quebra de expectativas.

Afinal, a gente espera ver um porco sujo e besuntado de lama, mas o Marquês de Rabicó ostenta um título de nobreza em "Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato, por exemplo. Não é preciso se estender aqui sobre a má fama das baratas, só que a famosa Carochinha "tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha" pelo menos desde 1894, quando Alberto Figueiredo Pimentel publicou "Contos da Carochinha", tornando-se quase sinônimo de literatura infantojuvenil no Brasil. A lista das surpresas continua e é quase infinita.

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Esses estranhamentos —ou desfamiliarizações, como alguns preferem chamar— costumam pegar os leitores no contrapé e ser o pulo do gato (ou do rato, se quisermos entrar na brincadeira) de muitas histórias. É o caso de dois lançamentos para crianças pequenas que acabam de chegar às livrarias.

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