Ela sonhava em fazer parte de um SUS maravilha, diz pai de vítima de acidente aéreo

No campus da universidade onde a filha se formou médica, em Cascavel (PR), Raimundo Langer recebia abraços e condolências de colegas que compareceram nesta segunda-feira (12) ao ato ecumênico organizado para homenagear as nove vítimas do acidente com avião da Voepass ligadas à Unioeste (Universidade Estadual do Oeste Paranaense), sendo quatro professores, três ex-alunos e duas médicas. Todas as 62 pessoas a bordo da aeronave morreram.

Pediatra intensivista do Hospital Universitário, Sarah Sella Langer, 36, embarcou no voo na última sexta-feira (9) para participar de um congresso. "Foi uma pessoa muito determinada. Ela tinha o sonho de fazer parte de um SUS maravilha, se dedicava à medicina humanizada", conta o pai.

Ele diz que a medicina nem sempre foi a prioridade da filha —Sarah também era musicista e tocava viola clássica na orquestra da cidade.

"Ela ainda estava decidindo se iria seguir carreira na música quando machucou o pulso em um jogo de vôlei com os amigos da igreja. Ela disse: 'Deus decidiu por mim'", conta o pai sobre o momento em que a filha decidiu se formar médica.

A especialização em pediatria foi seguida por pesquisas sobre imunoterapia para pacientes com dermatite atópica. "Ela queria criar um aplicativo com a lista dos melhores lugares para seus pacientes com alergia comerem."

O interesse pelo tratamento contra alergias surgiu ainda na especialização, quando ela sentia dificuldade de ajudar mães de crianças com esse quadro. "Ela via o sofrimento das pessoas. Não sabia como podiam conviver com uma coceira sem cura", diz Langer.

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