Espanha recebe 16 pessoas da Faixa de Gaza em situação médica problemática 24

Os doentes têm estado internados no Egito, nos últimos meses, depois de terem sido retirados da Faixa de Gaza, informou a OMS, em comunicado. São uma pequena porção dos milhares de crianças e adultos que precisam de acesso a cuidados médicos especializados fora da Faixa de Gaza.

“Estas crianças muitos doentes [mais a mãe de uma delas] vão ter os cuidados de que precisam, graças à cooperação entre vários parceiros e Estados”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Estamos imensamente gratos pelo apoio e a ajuda fornecida pelo Egito e pela Espanha. Encorajamos outros países com capacidade e infraestruturas médicas a receberem pessoas, que, sem qualquer responsabilidade sua, fruam apanhadas por esta guerra”.

Quase todas as crianças (13) têm problemas crónicos de coração e um tem mesmo um cancro.

As crianças, que estão acompanhadas por 25 pessoas, entre familiares e cuidadores de saúde, chegaram ao Egito antes de 06 de maio, após o que as retiradas de pessoas se tornaram quase impossíveis, devido ao encerramento da fronteira em Rafah. Desde então, apenas 23 pessoas foram retiradas, através de outra passagem, a de Kerem Shalom.

Desde outubro, cerca de cinco mil pessoas foram retiradas da Faixa de Gaza para tratamento, das quais 80% estão a receber cuidados no Egito, na Qatar e nos Emirados Árabes Unidos.

“Estas crianças são apenas a ponta do icebergue. Milhares de pessoas de todas as idades continuam na Faixa de Gaza, a precisarem de ser retiradas e estão em risco de morrer, se não tiverem acesso rápido aos cuidados médicos avançados de que precisam”, disse Hanan Balkhy, diretor da OMS para o Mediterrâneo Oriental.

O processo que envolveu os doentes hoje chegados a Espanha foi apoiado pelo Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, em parceria com a OMS. O Fundo de Ajuda às Crianças da Palestina tratou da documentação dos doentes e das autorizações de viagem. O governo egípcio apoiou os tratamentos, enquanto estas pessoas estiveram no país, o que Espanha vi fazer agora. As crianças vão ser tratadas em vários hospitais em Espanha.

A OMS está a encorajar outros Estados a fazerem o mesmo.

O diretor da OMS para a Europa, Hans Henri P. Kluge, já agradeceu ao primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sanchez, à ministra da Saúde, Monica Garcia, “e a todos os que tornaram isto possível”.

A OMS está a apelar à criação de vários corredores para retirar doentes, de forma sustentada, organizada, segura e atempada, através de todas as rotas possíveis, incluindo Rafah e Kerem Shalom.

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