Convidados, desconvidados; saiba quem vai acompanhar as eleições na Venezuela

O número de pessoas e entidades que aceitaram acompanhar as eleições do próximo domingo (28) na Venezuela sofreu baixas nesta semana.

Na quarta-feira (24), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desistiu de enviar técnicos à nação vizinha após o ditador Nicolás Maduro colocar em xeque, sem provas, o sistema de votação brasileiro. No mesmo dia, o ex-presidente da Argentina Alberto Fernández disse ter sido desconvidado pelo regime para observar o pleito.

Não são os primeiros reveses entre aqueles que tentam garantir a lisura da votação, cujo desfecho pode significar o fim do ciclo chavista depois de 25 anos. O regime retirou também o convite à União Europeia e, internamente, negou o credenciamento do OEV (Observatório Eleitoral Venezuelano). Foi mantido, entre outros, o Painel de Especialistas Eleitorais da ONU (Organização das Nações Unidas).

Observadores nacionais

De acordo com a imprensa venezuelana, estão habilitados para observar formalmente as eleições a Rede de Observação Eleitoral Assembleia de Educação (ROAE), a Fundação Projeto Social, a Associação Venezuelana de Juristas e o Centro Internacional de Estudos Superiores.

Desses, o mais relevante é o primeiro, que foi observador de todas as eleições que aconteceram no país desde 2006 e passou a integrar a Rede de Observação de Integridade Eleitoral, que reúne organizações da sociedade civil de diversos países da América Latina.

Ao site venezuelano Efecto Cocuyo, o coordenador geral da ROAE, José Domingo Mujica, afirmou que 600 observadores estarão nas ruas no domingo, em todos os estados do país. Ele disse que a entidade pediu um número maior de autorizações, mas não foi atendida.

Ao menos duas organizações não conseguiram credenciamento junto ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral): OEV (Observatório Eleitoral Venezuelano) e Voto Jovem, que mesmo assim mobilizarão 700 e 120 pessoas respectivamente para avaliar a eleição. Nenhuma das entidades poderá entrar nos centros de votação.

Convidados internacionais

O ministro de Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, afirmou, no início de julho, que 635 observadores internacionais haviam confirmado participação nas eleições. O número incluía organizações como a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a Caricom (Comunidade do Caribe), mas também diversos grupos publicamente simpáticos ao chavismo, como os brasileiros MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) e Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz). Como representante do governo brasileiro estará Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais de Lula.

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