Chico Buarque atinge grande momento autoral em Bambino a Roma

Este é um livro sobre uma infância e uma cidade, mas talvez seja, mais ainda, um livro sobre o chamado século breve, que foi também o século da multiplicação das formas de narrar a vida e da descoberta da relação entre a memória involuntária e a literatura.

"Bambino a Roma", de Chico Buarque, anunciado como ficção, é literatura filha temporã do século passado, prenhe de história e memória, uma época que já podemos olhar pelo retrovisor.

O livro se abre com a bola de couro de um menino, logo passa aos vômitos no navio e à ancoragem numa Itália ainda cheirando a guerra. E é a esse menino sem grandes grilos que o adulto narrador se cola, revezando com ele a liderança no que conta, de vez em quando refletindo por cima do olhar infantil.

Numa entrevista em que foi perguntado sobre o filho, então um jovem compositor, Sérgio Buarque de Holanda dizia que Chico era um rapaz normal, fazendo questão de desmistificar a ideia de que fosse especialmente tímido ou de que por trás de todo talento artístico há de haver uma alma torturada.

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