Por que as Olimpíadas de Paris vão definir o futuro da Globo no esporte

Ao deixar a narração em televisão aberta após a final da Copa do Mundo do Qatar, Galvão Bueno deu um pretexto para a Globo concluir um processo de reestruturação em seu departamento de esporte. De súbito, Cleber Machado, que comandava as transmissões dos jogos paulistas e durante anos foi o substituto do próprio Galvão, foi demitido, e Luis Roberto, mais identificado com os torcedores dos clubes fluminenses, tornou-se o narrador mais prestigiado da emissora.

Num paradoxo, logo se perceberia que Luis Roberto não encarnaria seu antecessor todo-poderoso. Ele teria de aprender a dividir, seja com Everaldo Marques, seja com Gustavo Villani. A divisão, antes rígida, assumia certa fluidez geográfica e hierárquica. Espelhando a comunicação fragmentada do mundo contemporâneo, esse novo modelo de transmissão terá seu grande teste nas Olimpíadas de Paris. Ao mesmo tempo, o desafio de Luis Roberto é se firmar como o narrador titular da emissora.

É improvável que a descentralização dos narradores ajude a Globo a se diferenciar de seus novos concorrentes, como a CazéTV, canal no YouTube que também transmitirá as Olimpíadas. Ao mesmo tempo, não há garantias de que Luis Roberto possa estabelecer uma identidade marcante a ponto de fidelizar o público.

Nessa encruzilhada, a emissora aposta as suas fichas no comunicador, que integra o seu elenco há quase três décadas. Tanto que, no início deste mês, Luis Roberto foi ao Conversa com Bial contar a sua trajetória, quase que se apresentando à população brasileira.

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