Os Satyros atualizam peça de García Lorca e questionam o mundo binário no teatro

Longe da vizinhança, mas nem tanto. A estreia da peça "A Casa de Bernarda Alba", nesta sexta-feira (26), no Sesc 14 Bis, marca uma nova fase da companhia Os Satyros após uma década trabalhando em dramaturgias próprias, construídas e apresentadas coletivamente a partir de histórias do entorno de sua sede, na praça Roosevelt, um trecho movimentado, boêmio e teatral da região central de São Paulo.

Geograficamente, a distância entre a Roosevelt e o Sesc 14 Bis é de apenas 1,5 km, 20 minutos a pé, 11 de carro. Fica logo ali. Na concepção da montagem, a transformação também não chega a ser radical. A trupe escolheu um clássico de Federico García Lorca, porém, irá apresentá-lo ao público com seu jeito transgressor e provocativo.

A tragédia chega ao palco do Sesc a partir do olhar experimental da companhia e com uma linguagem estética coloquial proposta pela direção. São três elencos que encenam três versões diferentes da peça.

Um dos elencos é feminino, outro é masculino e o terceiro, misto, é escalado ao vivo, com a participação do público a partir de um jogo colaborativo. Cada versão oferece perspectivas diferentes dos temas abordados.

E, segundo Rodolfo García-Vázquez, diretor do espetáculo, a "jam" teatral faz com que as possibilidades se multipliquem. São várias peças em uma só, com centenas de combinações cênicas, de gênero e raça. É um espetáculo múltiplo e questionador.

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