De olho em 2026, Moro pede intervenção em diretórios do União Brasil no Paraná

O senador Sergio Moro (União Brasil), que já admitiu ter planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026, contestou nomes de pré-candidatos a prefeito pelo União Brasil em quatro cidades paranaenses, Maringá, Londrina, Francisco Beltrão e Araucária. Também pediu mudanças nos comandos dos diretórios do partido nos mesmos municípios.

As reclamações foram feitas em requerimento encaminhado por ele no final do mês passado ao presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, com cópia para Antônio Carlos Magalhães Neto e para o senador Davi Alcolumbre, que são, respectivamente, primeiro vice-presidente e secretário-geral da legenda.

No documento, Moro pede que, nas quatro cidades, haja "intervenção imediata com dissolução do diretório e formação de novos com integrantes por mim indicados".

Segundo Moro, as escolhas dos dirigentes e também dos possíveis candidatos a prefeituras nas quatro cidades foram definidas de forma "isolada" pelo atual presidente do União Brasil no Paraná, que é o deputado federal Felipe Francischini. Para o senador, há uma "insatisfação generalizada" dentro da legenda.

"Peço escusas pela solicitação que se faz apenas em decorrência da centralização arbitrária das decisões políticas no Estado do Paraná pelo atual presidente do UB/PR, alijando não só o subscritor, mas a maioria dos filiados do partido, inclusive deputados federais e estaduais, das necessárias discussões e definições políticas", diz trecho do requerimento assinado pelo senador.

Moro afirma ainda que a intervenção é "imprescindível para o fortalecimento do União Brasil" e para "o planejamento estratégico não só para 2024 como também para 2026".

No mesmo requerimento, Moro ainda pediu que não haja mudanças nos diretórios de outras 20 cidades paranaenses sem que ele seja consultado. A lista inclui Curitiba, onde o União Brasil é comandado pelo deputado estadual Ney Leprevost, pré-candidato do partido à prefeitura nas urnas de outubro.

Procurado pela reportagem nesta segunda-feira (22), o deputado federal Felipe Francischini minimizou os pedidos de intervenção. "Tudo parte do processo interno democrático de debate sobre candidaturas e apoios. Nada demais", afirmou ele.

"Revimos algumas cidades e outra mantivemos. Tudo dentro do diálogo", acrescentou Francischini.

A reportagem não conseguiu falar com Moro, nesta segunda.

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