Milei denuncia fraudes de R$ 18 bilhões em pensões por invalidez na Argentina

O governo de Javier Milei na Argentina afirmou nesta sexta-feira (19) que uma auditoria no sistema de pensões por invalidez e por deficiência revelou um esquema de fraudes em gestões anteriores que somente no último ano teria somado US$ 3,4 bilhões (R$ 18,8 bi).

A informação foi compartilhada pelo economista Manuel Adorni, o porta-voz de Milei, em sua entrevista coletiva de todas as manhãs. "Era um alto nível de descontrole nas pensões por deficiência", disse.

Segundo a Casa Rosada, em 20 anos, de 2003 a 2023, as pensões concedidas foram de 79 mil a mais de 1,2 milhão. Foi um período de governos majoritariamente peronistas e kirchneristas, interrompidos apenas pela gestão de Mauricio Macri, de 2015 a 2023.

Adorni mencionou em poucos minutos a série de informações, que ainda não foram detalhadas, e suas provas tampouco foram expostas. Entre outras coisas, disse que há hoje no país 25 mil pessoas que recebem essa pensão, mas seguem trabalhando.

No caso de outros 65 mil beneficiários, teriam sido observadas incompatibilidades no cumprimento de requisitos para receber a pensão. Adorni afirma que alguns deles possuíam, por exemplo, propriedades no exterior e mesmo aviões privados.

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Ainda de acordo com ele, somente na Direção de Cultura e Educação da província de Buenos Aires, dos 683 empregados que recebem a pensão por invalidez, 65% deles conseguiram o benefício após apenas 30 dias de terem feito o pleito. "Mas a média do trâmite dessas características sempre passa de dois anos", seguiu o porta-voz.

Afirmou também que na província de Chaco, há casos em que um mesmo raio-X de ombro foi apresentado em 150 casos de diferentes pessoas para provar que era necessário declarar a invalidez.

Mais, disse que na província vizinha de Corrientes o raio-X do corpo de um cachorro foi apresentado como prova em um caso.

Javier Milei foi precedido na Presidência da Argentina pelo peronista Alberto Fernández e sua vice, a ex-presidente Cristina Kirchner.

Fernández é atualmente investigado por desvio de verba pública. Em abril, a Justiça da Argentina determinou o bloqueio de seus bens e a quebra do sigilo bancário do ex-presidente.

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