Jeovanna Vieira faz um dos melhores livros de estreia dos últimos anos

A personagem-título de "Virgínia Mordida" não é ingênua, inexperiente ou vulnerável. Advogada carioca bem-sucedida de 30 e tantos anos, ela mesma se define como "sagaz da vida". Ainda assim, acaba em um relacionamento abusivo.

Ela conhece Henrí numa festa, e os dois logo decidem morar juntos. Ele coleciona traumas de infância, é um pretenso ator desocupado e preenche o tempo livre promovendo rinhas de galo.

É um ponto de partida pouco promissor e, daí em diante, é ladeira abaixo: os comentários em tom de brincadeira não demoram a se tornar perturbadores, começam as tentativas de monitorar e controlar Virgínia, seguidas de escândalos e ofensas, e a chantagem emocional se instala.

Henrí parecia "pueril e raso quando conversava com adultos" e, em público, Virgínia vira a "tutora de um homem de 40 e tantos anos". Ela não quer ser associada aos comportamentos e opiniões constrangedores dele, mas também não quer ofendê-lo. Acuada, prefere se afastar dos amigos e da família.

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