Lula reclama da imprensa e fala em notícia tirada do contexto após gafes

O presidente Lula (PT) se queixou, nesta quarta-feira (17), da imprensa e, sem citar declarações suas, falou em "notícia tirada de contexto", após um dia de gafe e ruídos com o mercado. Disse que, em meio a essas intrigas, todos os projetos importantes para o governo foram aprovados no Congresso Nacional.

Em um evento no Palácio do Planalto, Lula condenou a violência doméstica, mas, "se o cara for corintiano, tudo bem". Ele também afirmou precisar ser convencido sobre a importância do corte de gastos para realizá-lo, apesar de defender o respeito ao arcabouço fiscal.

O petista tem acumulado uma série de gafes neste seu terceiro mandato. Com temas variados, a verborragia do mandatário provocou preocupação em aliados e integrantes do governo💥e gera críticas de oposicionistas.

"Muitas vezes [a gente] está vendo telejornal e o que predomina no telejornal não é a notícia completa, é uma frase da notícia tirada de contexto que, de preferência, se puder fazer intriga, melhor. Se não puder, não tem problema", disse Lula, sem especificar a que fala se referia.

O presidente disse que mesmo com a polarização, "com essa coisa ideológica, que todo mundo fala que está acabando mundo, que não sei quem não concorda com não sei quem", não houve um projeto significativo rejeitado pelo Congresso Nacional.

A declaração do político ocorreu durante a sanção de projeto sobre os prazos de conclusão do ensino superior para mães e insere a proteção à diversidade e a mudança climática na Política Nacional de Educação Ambiental.

O chefe do Executivo se queixa de que, segundo ele, os "grandes temas" estão fora da cobertura da imprensa e das discussões do Congresso --que, apesar de ter sido muito elogiado na fala de Lula, também não escapou da crítica.

Ele contou ainda que ligou para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para pedir uma intervenção junto aos deputados, porque as brigas estavam "promovendo degradação da função política".

"Chega os adversários de vocês e xinga, você xingar, todo mundo xinga todo mundo. A gente tem comportamento que leva a cometer erros e ser achincalhado, como muitas vezes é o Congresso Nacional, o Executivo, a Suprema Corte", completou.

Lula não falou quando conversou com Lira. Mas ele propôs e aprovou uma proposta de resolução na Casa que altera o Regimento Interno da Casa e permite a suspensão cautelar do mandato parlamentar por até seis meses para quem for alvo de representação por quebra de decoro.

A medida ocorreu uma semana depois de um embate físico ao final da sessão do Conselho de Ética que livrou André Janones (Avante-MG) da suspeita de "rachadinha" e de a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), 89, ter passado mal e ser internada após discussão sobre um projeto de lei na Comissão de Direitos Humanos.

Mas, apesar do puxão de orelha, Lula fez uma fala em que agradeceu os parlamentares por ajudarem a aprovar as propostas consideradas importantes para o Brasil, e disse não ter problema quando o texto é alterado no Congresso.

"Quero agradecer os congressistas brasileiros, aqueles os que votaram favor e contra. Voto contra é tão importante ou significativo quanto o favorável, se a gente quiser respeitar comportamento democrático das pessoas", disse.

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