Desinformação dispara nas redes após atentado contra Donald Trump nos EUA

Na tarde de sábado (13), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício para apoiadores em Butler, na Pensilvânia. Nos grupos públicos do WhatsApp, as menções a Trump aumentaram quase dez vezes ainda no mesmo dia.

Logo após os tiros, ainda com sangue em seu rosto, o ex-presidente levanta seu braço direito com punho cerrado em meio à proteção do Serviço Secreto americano e repete a palavra "lutem", incendiando o público presente.

Quase imediatamente as redes sociais começaram a fervilhar com imagens e vídeos do ocorrido. Contas do X ligadas à direita brasileira e americana reforçaram o heroísmo e a força de Trump, muitas das postagens afirmando que a eleição está decidida a favor do ex-presidente.

Nas contas ligadas à esquerda, as mensagens eram de muito ceticismo, principalmente em decorrência da sequência de fatos, da ausência de informações disponíveis no momento e das fotos "perfeitas" que foram tiradas e enaltecem esse heroísmo de Trump.

Em uma das imagens que mais circulou nas redes e também nos portais de notícias, Trump aparece com sangue no rosto, o braço esticado ao alto em sinal de luta e a bandeira americana balançando ao fundo.

Nos grupos de WhatsApp analisados pela Palver, os grupos mais ligados à esquerda compartilharam materiais afirmando que a direita usa esse tipo de situação como estratégia política. Uma das imagens trazia notícias comparando Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Donald Trump e apontando que Pablo Marçal seria o próximo a simular um "atentado fake".

Com a velocidade na comunicação proporcionada pelas redes sociais, fatos como esse se espalham rapidamente.

A apuração de informações, contudo, não segue a mesma velocidade. Isso cria uma lacuna entre a alta demanda por novas informações e as informações disponíveis nos veículos de imprensa tradicionais.

É nessa lacuna que se abre espaço para o compartilhamento de informações falsas e teorias da conspiração. Quando ainda não havia nenhuma informação oficial sobre o atirador, influenciadores e apoiadores de Jair Bolsonaro já divulgavam que o atentado teria sido cometido por um apoiador de Biden.

Em sua conta oficial no X, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) escreveu "a esquerda é e sempre foi assassina". Além disso, gravou um vídeo que repercutiu no WhatsApp mostrando uma foto e afirmando que o atirador seria uma pessoa que foi identificada no X como Mark Violets, descrito como "esquerdista e antifa".

Na gravação de seu vídeo, o parlamentar afirma que as informações foram disponibilizadas por jornais, sem citar o nome de nenhum veículo. Essa informação falsa foi amplamente divulgada pelos portais e grupos de WhatsApp de direita. O FBI informou na manhã de domingo (14) que o nome do atirador era Thomas Matthew Crooks.

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