Lula diz que big techs lucram com disseminação do ódio e que vai retomar debate sobre regulação

O presidente Lula (PT) disse nesta terça-feira (16) que as grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, lucram com a "disseminação do ódio". Ele afirmou ainda que vai retomar o debate sobre a regulação das redes sociais.

O tema está há anos em discussão no Congresso Nacional, mas enfrenta grande resistência das empresas junto aos congressistas, mesmo com o apoio do governo à medida.

"Eu sou a favor de que a gente tenha uma regulação urgente, porque essas empresas não pagam imposto no Brasil. Essas empresas ganham bilhões de publicidade, têm muito lucro com a disseminação do ódio nesse país e no mundo inteiro", argumentou o presidente.

Lula afirmou ainda que terá uma reunião com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, nesta semana para discutir se o governo retomará o projeto que está na Câmara dos Deputados, se apresentará uma nova proposta ou se os deputados e senadores entrarão com novo texto.

"O dado concreto é que a gente não pode perder de vista a necessidade de fazer uma regulação. Para que as coisas voltem a uma certa normalidade", ressaltou.

"É preciso uma saída coletiva para o mundo, é o mundo que está em risco. É a democracia civilizada, a convivência democrática, que está correndo risco", argumentou, ao defender que fóruns internacionais, como as Nações Unidas ou o G7 discutam o tema.

As declarações foram dadas em entrevista à TV Record, que foi ao ar integralmente na noite desta terça, com breves trechos divulgados ao longo do dia.

Na Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho para reformular a proposta do PL das Fake News —a medida foi oficializada em 5 de junho, quase dois meses após anúncio pelo próprio deputado. Como mostrou a 💥️Folha, no fim de junho, o grupo ainda não tinha se reunido.

O projeto foi aprovado no Senado e desde então estava travado na Câmara há quase um ano, com uma série de resistências entre congressistas e as próprias big techs.

A iniciativa de retomar as discussões sobre o texto ocorreu na esteira do embate entre o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), no começo em abril.

Com o grupo, na prática, o processo de discussão em torno da regulamentação das redes sociais começará praticamente do zero.

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