EUA acusam ex-agente da CIA de ser agente dupla e trabalhar para Coreia do Sul

Uma ex-agente da CIA, a agência de espionagem dos Estados Unidos, foi indiciada sob a acusação de trabalhar como espiã para o governo da Coreia do Sul, aliado de Washington. De acordo com a denúncia, Sue Mi Terry, especialista em política externa que chegou a trabalhar diretamente para a Casa Branca, repassou informações sigilosas do governo dos EUA em troca de presentes de luxo.

O indiciamento foi tornado público nesta terça (16) em um tribunal federal em Nova York. Terry teria defendido interesses sul-coreanos e facilitar o acesso de autoridades daquele país a contrapartes americanas.

Em troca, agentes da inteligência coreana teriam dado a Terry objetos de luxo, como bolsas das marcas Bottega Veneta e Louis Vuitton, um casaco Dolce & Gabana, jantares em restaurantes com estrelas Michelin e mais de 37 mil dólares de financiamento para um programa de política pública sul-coreana gerenciado por ela.

O trabalho de Terry como espiã sul-coreana teria começado em 2013, dois anos depois de parar de trabalhar para o governo americano, e teria durado até 2023. Hoje, Terry é um membro sênio do Council on Foreign Relations, um think tank e uma das organizações de Relações Internacionais mais respeitadas do mundo. A ex-agente da CIA é creditada como especialista sobre leste da Ásia e península coreana, incluindo Coreia do Norte.

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A defesa de Terry chamou as acusações de infundadas e disse que elas "distorcem o trabalho de uma acadêmica e especialista conhecida pela sua independência e anos de trabalho para os Estados Unidos".

Uma porta voz do think tank disse que o Council on Foreign Relations colocou Terry em licença administrativa sem remuneração e vai cooperar com qualquer investigação.

Nascida em Seul e criada nos EUA, Terry foi uma analista sênior da CIA entre 2001 e 2008, e diretora de assuntos relacionados com Coreia, Japão e Oceania no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca entre 2008 e 2009 sob o presidente republicano George W. Bush e o presidente democrata Barack Obama.

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